Crise da água em São Paulo desperta discussões sobre abastecimento, consumo e clima
A crise da água no Sudeste brasileiro, que afeta milhões de pessoas, desperta discussões sobre mudanças climáticas, consumo, investimentos e alternativas de abastecimento.
Diversas cidades do mundo também enfrentam ou enfrentaram desafios semelhantes, envolvendo seca, desperdício e excesso de consumo.
A experiência delas pode servir de lição para São Paulo e as demais cidades brasileiras que sofrem com a falta d’água?
A BBC Brasil identificou seis cidades que tentam solucionar suas crises de abastecimento e perguntou ao Instituto Socioambiental (ISA) até que ponto as medidas se aplicariam à realidade paulista:
Banho de caneca, filas na madrugada e até roubo de água: como é viver na "É desumano. Chegou num ponto que a gente começou a ver situações inacreditáveis. Uma pessoa chegou na bica com uma arma e falou pro pessoal: 'passa a água!' Olha a inversão de valores que a gente tem."
"É desumano. Chegou num ponto que a gente começou a ver situações inacreditáveis. Uma pessoa chegou na bica com uma arma e falou pro pessoal: 'passa a água!' Olha a inversão de valores que a gente tem."
Cenas como a descrita acima assustaram Victor Tarraz, morador de Itu (102 km de São Paulo), a cidade mais afetada pela seca que assola o Estado de São Paulo. Assim como os outros 163 mil ituanos, ele tem sofrido com a falta de água na região, que já está há nove meses em racionamento.
A última vez que Victor e sua esposa Silvia tiveram água correndo pelas torneiras foi no dia 8 de setembro. De lá para cá, quase 60 dias se passaram e eles se viram obrigados a alterar suas tarefas diárias mais básicas para