Conheça dez entidades filantrópicas que precisam de ajuda para atender os belo-horizontinos mais necessitados
Associações atendem crianças, idosos, pessoas doentes e deficientes físicos e mentais
Cauã Fernando da Silva, de 7 anos, e Tayná Mayara Cordeiro de Oliveira, de 3: apoio para enfrentar a quimioterapia
A missão imposta a ela passa muito longe da realidade da maioria das meninas da sua idade. Beatriz Gabriele Rodrigues da Cunha, de 12 anos, não está preocupada em ser a melhor nas aulas de balé ou em dançar na próxima festa. "Já consigo ficar doze minutos em pé sozinha", comemora, com um sorriso imenso. Bia tem paralisia cerebral. Há seis anos, quando começou a se tratar na Associação Mineira de Reabilitação (AMR), no Mangabeiras, mal conseguia ficar sentada.
Hoje, depois de ter trocado a cadeira de rodas pelo andador, quer mais. "Ser independente, pentear o cabelo e escovar os dentes sozinha", planeja a garota, que sonha em virar escritora quando crescer. "Vibramos com um dedo que passa a levantar, um canudinho que é trocado por um copo...", diz Luciane Kattaoui, uma das fundadoras de outra associação filantrópica, a Crepúsculo, no Prado, que recebe crianças e adultos com deficiência. As pequenas vitórias conquistadas pelas pessoas atendidas por entidades como a AMR e a Crepúsculo só são possíveis por causa da rede de benfeitores que garante seu funcionamento. Simples gestos de solidariedade fazem toda a diferença nesses lugares. Podem significar a recomposição do estoque de remédios ou uma refeição mais caprichada no dia seguinte. Existem 297 entidades inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social. Todas, sem exceção, precisam de ajuda. Auxílio financeiro é necessário, mas a doação de algumas horas de trabalho também é muito importante. "A gente perde o direito de reclamar da vida quando passa um tempo convivendo com essa realidade", afirma o comerciante Alexandre Cunha, que há quatro meses é voluntário no Projeto Assistencial Novo Céu, no bairro Jardim Laguna.
Praticar a solidariedade é sempre uma maneira de vivenciar o verdadeiro espírito do Natal. VEJA BH ouviu algumas das mais atuantes lideranças sociais de Belo Horizonte para fazer uma seleção de dez associações idôneas. Confira nas próximas páginas a história das instituições mais citadas e saiba como ajudá-las não só agora como no ano inteiro.
Fundação Sara
Toda terça-feira, Cauã Fernando da Silva, de 7 anos, sai de sua cidade, Senhora dos Remédios, na Zona da Mata, para se hospedar por três dias na Fundação Sara, no bairro São Lucas, onde se trata de leucemia. "Quando está aqui, ele se diverte e se esquece das dores da quimioterapia", diz a mãe, Maria das Dores. A casa que o acolhe foi fundada por Álvaro Costa e sua mulher, Marlene, que perderam a filha, Sara, vítima da doença. Em vez de sucumbirem à dor, eles resolveram ajudar famílias que têm de enfrentar o mesmo problema. A primeira unidade foi aberta em Montes Claros, onde moram. Em 2010, inauguraram a filial na capital. A fundação oferece hospedagem, cinco refeições diárias, transporte, atendimento psicológico e nutricional, medicamentos e realização de exames. Além de dinheiro, o casal aceita voluntários para cuidar das crianças. Motoristas para levá-las ao médico também são bem-vindos.
Rua Pouso Alto, 285, São Lucas, ☎ 3284-7690.www.fundacaosara.org.br.
Associação Lar Teresa de Jesus
Vindas do interior, cheias de medos e angústias, vítimas de câncer sentem alívio ao chegar ao Lar Teresa de Jesus, no Prado. Tudo é muito organizado. Os quartos são arejados. Na cozinha, há sempre uma fruta fresca na cesta. Mônica de Paula Azarias, de Três Pontas, no sul do Estado, sentiu-se em casa. Há dois meses ela espera por um transplante de medula. "Não sou tratada como doente, e sim como amiga", afirma. Sem nenhum apoio do Estado, a associação conta com a boa vontade de voluntários, que fazem doações financeiras, de alimentos, roupas, remédios, produtos de limpeza e higiene pessoal. Além de hospedagem e refeições, o lar ainda oferece atendimento psicológico, consultas homeopáticas e sessões de reiki. Os profissionais que trabalham ali não cobram um único centavo. Os voluntários também promovem um bazar para arrecadar fundos. "Ser solidário não é só ser caridoso, é ser responsável pelo meio em que se vive", explica Pâmela Martins, que cuida da captação de recursos.
Avenida do Contorno, 9297, Prado, ☎ 3291-1330. www.larteresadejesus.com.br.
Associação Crepúsculo
O respeito à diversidade norteia o trabalho da Crepúsculo. Lá, oitenta alunos com diferentes deficiências, neurológicas ou físicas, se comunicam através da arte. Há cursos gratuitos de dança e teatro. Os espetáculos feitos com o grupo emocionam. Para manter-se, a ONG aceita doações de todo tipo. Os voluntários podem preparar um bolo ou contar uma história, coisas simples que têm enorme poder de transformação. Recém-instalada em uma sede nova, no Prado, a casa anda precisando de material de escritório. "As grandes mudanças começam com ventos leves", afirma Luciane Kattaoui, uma das fundadoras do projeto.
Rua Sertões, 147, Prado, ☎ 3225-0040 e 3223-4615. www.crepusculo.org.br.
Associação Mineira de Reabilitação (AMR)
Beatriz da Cunha, de 12 anos, Gabriel Rodrigues, de 13, e Suellen dos Santos, de 4, cresceram entre as paredes da Associação Mineira de Reabilitação (AMR). Todos têm deficiência física. Na AMR, cerca de 500 crianças e adolescentes carentes são atendidos por mês. Os tratamentos são de longa duração, já que, na maior parte dos casos, as crianças apresentam comprometimentos físicos permanentes. "Elas só recebem alta quando os especialistas garantem que não haverá mais nenhum tipo de progresso", explica a superintendente, Márcia Castro Fernandes. Um grupo de benfeitores é responsável por levantar recursos em bazares e eventos sociais. Há doze anos, a publicitária Rosana Raid colabora. "Eu aprendo muito mais do que ajudo", diz. Vestindo jaleco amarelo, os voluntários andam de um lado para o outro auxiliando na brinquedoteca ou ensinando as mães a fazer artesanato, já que muitas não podem trabalhar fora de casa, pois precisam cuidar dos filhos.
Rua Professor Octávio Coelho de Magalhães, 111, Mangabeiras, ☎ 0800 7271347 e 3304-1300. www.amr.org.br.
Casa do Ancião Francisco Azevedo
Hércia Evangelista Marques (à esq.) e Terezinha Cândido Mendes da Silva: acolhidas na velhice
Hércia Evangelista Marques, de 86 anos, não se casou nem teve filhos. Ajudou a criar os sobrinhos e um dia, com todos adultos, se viu sozinha no mundo. Foi parar na Casa do Ancião, uma das unidades da Cidade Ozanan, obra da Sociedade São Vicente de Paulo. Lá, faz ioga e lê livros. Assim como Hércia, outros 85 idosos carentes vivem nas dependências do asilo. A maior necessidade dessas pessoas? Carinho. "Ser voluntário é compartilhar o que temos de mais precioso: tempo e humildade", diz o presidente, José Persequini Cunha. "Recebemos pessoas que vêm só para rezar com eles, e isso é um ato de amor imenso", completa a coordenadora Doralice de Almeida Araújo. A casa aceita doações em dinheiro, alimentos, roupas, calçados e cobertores. "Também precisamos muito de fraldas geriátricas", afirma Doralice. O gasto mensal é de 7 740 unidades.
Rua Dom Barreto, s/nº, Ipiranga, ☎ 3423-6066. www.cidadeozanam.org.br.
Projeto Assistencial Novo Céu
Maria Correia de Amorim é cuidadora do Novo Céu desde sua inauguração, em 1998. Mesmo depois de tantos anos, ela ainda se emociona com as histórias das 62 crianças, adolescentes e adultos portadores de paralisia cerebral que vivem ali. "A cada dia aprendo uma lição que me torna muito mais forte para enfrentar o mundo lá fora", afirma. Para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a casa oferece, além de uma equipe de enfermagem 24 horas, consultas com diferentes especialistas. Tudo graças às doações que recebe. A ajuda financeira é essencial para a manutenção da entidade, mas existem outras formas de apoiar o trabalho. São bem-vindos alimentos não perecíveis, fraldas geriátricas, leite e materiais de higiene pessoal e de limpeza. Roupas, sapatos, móveis e eletrodomésticos em bom estado são arrecadados e vendidos em um bazar que funciona no local. Outra forma de fazer a diferença por lá é se tornar um voluntário, arregaçar as mangas e participar da rotina da casa, seja ajudando no banho e nos passeios pelo jardim, seja, principalmente, doando amor e paciência. "Elas nos agradecem sorrindo com o olhar", conta a fonoaudióloga Camila Leal Pantuzzo.
Rua Macaúbas, 745, Jardim Laguna, ☎ 3368-6860. www.novoceu.org.br.
Assistência Social Kennedy (Aske)
Carlos Emanuel Rezende Júnior, de 4 anos: refeições e brincadeiras garantidas
O filtro que serve água geladinha foi comprado graças ao esforço da comunidade, que juntou latinhas para levantar os 1 700 reais necessários. Para manter-se, a instituição realiza cinco eventos beneficentes por ano. Diretor voluntário, Wanderlei Campos tem uma relação antiga com a associação. Ele estudou ali quando menino. Hoje ajuda a dar uma vida melhor às 235 crianças carentes, com idade entre 4 meses e 5 anos. No dia em que VEJA BH visitou a creche, o cardápio era arroz, feijão, carne de porco, angu e abóbora. "O que me dói é pensar que algumas delas vão passar o fim de semana sem ter o que comer direito porque só se alimentam bem aqui", diz o diretor. A meta é construir um centro cultural onde as crianças possam brincar em dias de chuva. A obra está orçada em 239 000 reais. Por enquanto, a instituição só conta com 70 000 reais. "Vamos conseguir, tenho certeza", afirma Campos, que não perde a esperança. E nem pode. Na lista de espera da Aske há 238 crianças que também sonham com dias mais coloridos.
Rua Aline, 907, Pindorama, ☎ 3473-1245.
Casa de Apoio às Pessoas com Câncer (Capec)
"Estamos aqui para amenizar o sofrimento", resume o gerente administrativo Daniel Luiz. A ONG atende 149 vítimas carentes de câncer, garantindo transporte, cesta básica, leite e fralda. Muitas delas não têm dinheiro nem para o ônibus. "E, mesmo diante de tanto sofrimento, encontramos pessoas cheias de vida", afirma José Mauro Teixeira, que também trabalha ali. Os pacientes carregam a certeza da cura. "A doença é terrível, mas percebi como sou forte", diz Rosilene Pena Amorim, que descobriu nódulos na tireoide, no pulmão e no fígado. Na Capec, além de atendimento psicológico e odontológico, há oficinas de arte. "Quando estou bordando, não tem espaço para choro e mau humor", conta Vera Lúcia Silva, que há seis anos luta contra um câncer na bexiga. As doações e o trabalho voluntário mantêm viva a ONG.
Rua das Catorritas, 195, Vila Cloris, ☎ 3459-3000. www.capec.org.br.
Hospital da Baleia
Um dos maiores hospitais filantrópicos do país, o Hospital da Baleia atende pacientes de todo o Estado, 85% deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos públicos, no entanto, não são suficientes para manter a excelência. A entidade conta com uma rede de amigos que ajuda com trabalho, dinheiro, roupas e alimentos. "Cerca de 15% de nossa receita vem das doações", calcula Tereza Guimarães, presidente da Fundação Benjamin Guimarães, mantenedora da instituição. Graças à solidariedade de pessoas anônimas, que doam o troco das compras feitas nas unidades da Drogaria Araújo, foram arrecadados 8,3 milhões de reais nos últimos oito anos. Esses recursos permitiram a ampliação do número de leitos dos CTIs adulto e pediátrico. "Muitas vidas puderam ser salvas por causa disso", afirma Tereza.
Rua Juramento, 1464, Saudade, ☎ 3489-1599. www.hospitaldabaleia.org.br.
FONTE;http://vejabh.com.br/edicoes/conheca-dez-entidades-filantropicas-precisam-ajuda-atender-belo-horizontinos-mais-necessitados-763624.shtml
Praticar a solidariedade é sempre uma maneira de vivenciar o verdadeiro espírito do Natal. VEJA BH ouviu algumas das mais atuantes lideranças sociais de Belo Horizonte para fazer uma seleção de dez associações idôneas. Confira nas próximas páginas a história das instituições mais citadas e saiba como ajudá-las não só agora como no ano inteiro.
Fundação Sara
Toda terça-feira, Cauã Fernando da Silva, de 7 anos, sai de sua cidade, Senhora dos Remédios, na Zona da Mata, para se hospedar por três dias na Fundação Sara, no bairro São Lucas, onde se trata de leucemia. "Quando está aqui, ele se diverte e se esquece das dores da quimioterapia", diz a mãe, Maria das Dores. A casa que o acolhe foi fundada por Álvaro Costa e sua mulher, Marlene, que perderam a filha, Sara, vítima da doença. Em vez de sucumbirem à dor, eles resolveram ajudar famílias que têm de enfrentar o mesmo problema. A primeira unidade foi aberta em Montes Claros, onde moram. Em 2010, inauguraram a filial na capital. A fundação oferece hospedagem, cinco refeições diárias, transporte, atendimento psicológico e nutricional, medicamentos e realização de exames. Além de dinheiro, o casal aceita voluntários para cuidar das crianças. Motoristas para levá-las ao médico também são bem-vindos.
Rua Pouso Alto, 285, São Lucas, ☎ 3284-7690.www.fundacaosara.org.br.
Associação Lar Teresa de Jesus
Vindas do interior, cheias de medos e angústias, vítimas de câncer sentem alívio ao chegar ao Lar Teresa de Jesus, no Prado. Tudo é muito organizado. Os quartos são arejados. Na cozinha, há sempre uma fruta fresca na cesta. Mônica de Paula Azarias, de Três Pontas, no sul do Estado, sentiu-se em casa. Há dois meses ela espera por um transplante de medula. "Não sou tratada como doente, e sim como amiga", afirma. Sem nenhum apoio do Estado, a associação conta com a boa vontade de voluntários, que fazem doações financeiras, de alimentos, roupas, remédios, produtos de limpeza e higiene pessoal. Além de hospedagem e refeições, o lar ainda oferece atendimento psicológico, consultas homeopáticas e sessões de reiki. Os profissionais que trabalham ali não cobram um único centavo. Os voluntários também promovem um bazar para arrecadar fundos. "Ser solidário não é só ser caridoso, é ser responsável pelo meio em que se vive", explica Pâmela Martins, que cuida da captação de recursos.
Avenida do Contorno, 9297, Prado, ☎ 3291-1330. www.larteresadejesus.com.br.
Associação Crepúsculo
O respeito à diversidade norteia o trabalho da Crepúsculo. Lá, oitenta alunos com diferentes deficiências, neurológicas ou físicas, se comunicam através da arte. Há cursos gratuitos de dança e teatro. Os espetáculos feitos com o grupo emocionam. Para manter-se, a ONG aceita doações de todo tipo. Os voluntários podem preparar um bolo ou contar uma história, coisas simples que têm enorme poder de transformação. Recém-instalada em uma sede nova, no Prado, a casa anda precisando de material de escritório. "As grandes mudanças começam com ventos leves", afirma Luciane Kattaoui, uma das fundadoras do projeto.
Rua Sertões, 147, Prado, ☎ 3225-0040 e 3223-4615. www.crepusculo.org.br.
Associação Mineira de Reabilitação (AMR)
Beatriz da Cunha, de 12 anos, Gabriel Rodrigues, de 13, e Suellen dos Santos, de 4, cresceram entre as paredes da Associação Mineira de Reabilitação (AMR). Todos têm deficiência física. Na AMR, cerca de 500 crianças e adolescentes carentes são atendidos por mês. Os tratamentos são de longa duração, já que, na maior parte dos casos, as crianças apresentam comprometimentos físicos permanentes. "Elas só recebem alta quando os especialistas garantem que não haverá mais nenhum tipo de progresso", explica a superintendente, Márcia Castro Fernandes. Um grupo de benfeitores é responsável por levantar recursos em bazares e eventos sociais. Há doze anos, a publicitária Rosana Raid colabora. "Eu aprendo muito mais do que ajudo", diz. Vestindo jaleco amarelo, os voluntários andam de um lado para o outro auxiliando na brinquedoteca ou ensinando as mães a fazer artesanato, já que muitas não podem trabalhar fora de casa, pois precisam cuidar dos filhos.
Rua Professor Octávio Coelho de Magalhães, 111, Mangabeiras, ☎ 0800 7271347 e 3304-1300. www.amr.org.br.
Casa do Ancião Francisco Azevedo
Hércia Evangelista Marques (à esq.) e Terezinha Cândido Mendes da Silva: acolhidas na velhice
Hércia Evangelista Marques, de 86 anos, não se casou nem teve filhos. Ajudou a criar os sobrinhos e um dia, com todos adultos, se viu sozinha no mundo. Foi parar na Casa do Ancião, uma das unidades da Cidade Ozanan, obra da Sociedade São Vicente de Paulo. Lá, faz ioga e lê livros. Assim como Hércia, outros 85 idosos carentes vivem nas dependências do asilo. A maior necessidade dessas pessoas? Carinho. "Ser voluntário é compartilhar o que temos de mais precioso: tempo e humildade", diz o presidente, José Persequini Cunha. "Recebemos pessoas que vêm só para rezar com eles, e isso é um ato de amor imenso", completa a coordenadora Doralice de Almeida Araújo. A casa aceita doações em dinheiro, alimentos, roupas, calçados e cobertores. "Também precisamos muito de fraldas geriátricas", afirma Doralice. O gasto mensal é de 7 740 unidades.
Rua Dom Barreto, s/nº, Ipiranga, ☎ 3423-6066. www.cidadeozanam.org.br.
Projeto Assistencial Novo Céu
Maria Correia de Amorim é cuidadora do Novo Céu desde sua inauguração, em 1998. Mesmo depois de tantos anos, ela ainda se emociona com as histórias das 62 crianças, adolescentes e adultos portadores de paralisia cerebral que vivem ali. "A cada dia aprendo uma lição que me torna muito mais forte para enfrentar o mundo lá fora", afirma. Para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a casa oferece, além de uma equipe de enfermagem 24 horas, consultas com diferentes especialistas. Tudo graças às doações que recebe. A ajuda financeira é essencial para a manutenção da entidade, mas existem outras formas de apoiar o trabalho. São bem-vindos alimentos não perecíveis, fraldas geriátricas, leite e materiais de higiene pessoal e de limpeza. Roupas, sapatos, móveis e eletrodomésticos em bom estado são arrecadados e vendidos em um bazar que funciona no local. Outra forma de fazer a diferença por lá é se tornar um voluntário, arregaçar as mangas e participar da rotina da casa, seja ajudando no banho e nos passeios pelo jardim, seja, principalmente, doando amor e paciência. "Elas nos agradecem sorrindo com o olhar", conta a fonoaudióloga Camila Leal Pantuzzo.
Rua Macaúbas, 745, Jardim Laguna, ☎ 3368-6860. www.novoceu.org.br.
Assistência Social Kennedy (Aske)
Carlos Emanuel Rezende Júnior, de 4 anos: refeições e brincadeiras garantidas
O filtro que serve água geladinha foi comprado graças ao esforço da comunidade, que juntou latinhas para levantar os 1 700 reais necessários. Para manter-se, a instituição realiza cinco eventos beneficentes por ano. Diretor voluntário, Wanderlei Campos tem uma relação antiga com a associação. Ele estudou ali quando menino. Hoje ajuda a dar uma vida melhor às 235 crianças carentes, com idade entre 4 meses e 5 anos. No dia em que VEJA BH visitou a creche, o cardápio era arroz, feijão, carne de porco, angu e abóbora. "O que me dói é pensar que algumas delas vão passar o fim de semana sem ter o que comer direito porque só se alimentam bem aqui", diz o diretor. A meta é construir um centro cultural onde as crianças possam brincar em dias de chuva. A obra está orçada em 239 000 reais. Por enquanto, a instituição só conta com 70 000 reais. "Vamos conseguir, tenho certeza", afirma Campos, que não perde a esperança. E nem pode. Na lista de espera da Aske há 238 crianças que também sonham com dias mais coloridos.
Rua Aline, 907, Pindorama, ☎ 3473-1245.
Casa de Apoio às Pessoas com Câncer (Capec)
"Estamos aqui para amenizar o sofrimento", resume o gerente administrativo Daniel Luiz. A ONG atende 149 vítimas carentes de câncer, garantindo transporte, cesta básica, leite e fralda. Muitas delas não têm dinheiro nem para o ônibus. "E, mesmo diante de tanto sofrimento, encontramos pessoas cheias de vida", afirma José Mauro Teixeira, que também trabalha ali. Os pacientes carregam a certeza da cura. "A doença é terrível, mas percebi como sou forte", diz Rosilene Pena Amorim, que descobriu nódulos na tireoide, no pulmão e no fígado. Na Capec, além de atendimento psicológico e odontológico, há oficinas de arte. "Quando estou bordando, não tem espaço para choro e mau humor", conta Vera Lúcia Silva, que há seis anos luta contra um câncer na bexiga. As doações e o trabalho voluntário mantêm viva a ONG.
Rua das Catorritas, 195, Vila Cloris, ☎ 3459-3000. www.capec.org.br.
Hospital da Baleia
Um dos maiores hospitais filantrópicos do país, o Hospital da Baleia atende pacientes de todo o Estado, 85% deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos públicos, no entanto, não são suficientes para manter a excelência. A entidade conta com uma rede de amigos que ajuda com trabalho, dinheiro, roupas e alimentos. "Cerca de 15% de nossa receita vem das doações", calcula Tereza Guimarães, presidente da Fundação Benjamin Guimarães, mantenedora da instituição. Graças à solidariedade de pessoas anônimas, que doam o troco das compras feitas nas unidades da Drogaria Araújo, foram arrecadados 8,3 milhões de reais nos últimos oito anos. Esses recursos permitiram a ampliação do número de leitos dos CTIs adulto e pediátrico. "Muitas vidas puderam ser salvas por causa disso", afirma Tereza.
Rua Juramento, 1464, Saudade, ☎ 3489-1599. www.hospitaldabaleia.org.br.
FONTE;http://vejabh.com.br/edicoes/conheca-dez-entidades-filantropicas-precisam-ajuda-atender-belo-horizontinos-mais-necessitados-763624.shtml
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