Brasil Não Assina Carta de Compromisso em Cúpula do Clima 2014


Segundo Itamaraty, governo brasileiro não foi convidado a participar do processo de preparação do documento, por isso não pôde se comprometer com as metas

Dilma Rousseff: ela defendeu que combate às mudanças climáticas não é danoso para economia


Brasília - A Cúpula do Clima terminou com o compromisso assumido por 150 países e organizações, entre os quais 28 Estados-Membros, 35 empresas, 16 grupos indígenas e 45 grupos da sociedade civil, de reduzir o desmatamento pela metade, até 2020, e zerá-lo totalmente até 2030.

23/09/2014

O Brasil, contudo, não assinou a Declaração de Nova York

rk durante a reunião. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.

Segundo o órgão, o governo brasileiro não foi convidado a participar do processo de preparação do documento, por isso não pôde se comprometer com as metas estabelecidas.

O Itamaraty explicou que a carta não é um documento oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) e que, portanto, só deve ser seguido pelos signatários.

Além do objetivo de acabar com o desmatamento, o documento estabeleceu outras metas, como a redução das emissões de gás carbônico de 400 milhões a 450 milhões de toneladas por ano, nos próximos seis anos, ou 2 bilhões de toneladas no total, também até 2020.

Já a assessoria do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio) acrescentou que a carta permanece aberta para outros países e entidades assinarem.

Destacou ainda que as negociações acerca dos compromissos que os países devem assumir para combater o aquecimento global seguem até o ano que vem, quando será realizada a 21ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-21), em Paris.

A Cúpula do Clima ocorreu nesta terça-feira (23), na sede das Nações Unidas, em Nova York. Participaram chefes de Estado, de Governo e representantes de 125 países.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou o encontro para engajar os países a se comprometerem com o tema, dada a necessidade de um consenso quanto ao acordo político sobre o clima.

Segundo a ONU, a reunião de hoje foi o maior encontro já organizado para discutir as mudanças climáticas.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff defendeu, durante discurso na Cúpula do Clima, que o combate às mudanças climáticas não é danoso para a economia.

“A redução das emissões e as ações de adaptação devem ser reconhecidas como fonte de riqueza, de modo a atrair investimentos e lastrear novas ações de desenvolvimento sustentável”, afirmou a presidente, que defendeu que os países desenvolvidos devem ter maiores responsabilidades no combate ao aquecimento global.

A Agência Brasil procurou o Ministério do Meio Ambiente, mas o órgão não divulgou posição sobre os desdobramentos dos debates ocorridos na cúpula.


FONTE; EXAME.com
https://exame.abril.com.br/brasil/cupula-do-clima-acaba-sem-brasil-assinar-carta-decompromisso/

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