2014 inflação consome renda do brasileiro.Juros ao consumidor sobem pelo 12º mês consecutivo no Brasil



As correções revelam uma proteção do mercado contra uma eventual piora das condições econômicas, diz especialista




As pessoas físicas pagaram, em média, juros de 100,76% ao ano, em maio, ante 100,31% em abril

10/06/2014

Os bancos e o comércio elevaram os juros sobre os empréstimos e compras financiadas, em maio, pela quinta vez no ano, e soma a 12º mês seguido. Comportamento diferenciado em relação ao Comitê de Polícia Monetária (Copom), que manteve a taxa básica de juros (Selic) inalterada na última reunião.


Para o diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, as correções revelam uma proteção do mercado contra uma eventual piora das condições econômicas e mesmo ante possível nova subida da Selic, algo que acabou não se confirmando.


As pessoas físicas pagaram, em média, juros de 100,76% ao ano, em maio, ante 100,31% em abril. De acordo com a pesquisa da Anefac, enquanto a taxa Selic teve alta de 51,72% entre abril de 2013 e maio deste ano, quando atingiu 11% ao ano, o crédito à pessoa física aumentou 87,97%.



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Apenas uma das seis linhas oferecidas às pessoas físicas manteve-se estável: a linha de crédito rotativo. Mas é justamente a que tem as maiores taxas de cobrança, que chegaram a 10,52% ao mês, em maio, o que dá salgados 232,12% em 12 meses. Na virada do mês, os juros cresceram 0,02% na média, constituindo-se no patamar mais elevado de taxas dos últimos dois anos.


No comércio, estava sendo cobrada taxa mensal de 4,62% e 71,94% ao ano, ou 0,04 ponto percentual acima da taxa de abril - a maior correção registrada na comparação mensal. Evolução semelhante se verificou no caso do cheque especial, que cobrou, em média, juros mensais de 8,22% (158,04% no ano) - taxa mais alta desde os 158,61% contabilizados em maio de 2012.


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