Descoberta ajuda a explicar importância da cidade no Império Romano
Um ancoradouro da era romana, que permaneceu em uso pelo menos até o século 4º, foi descoberto por acidente em Lisboa durante as obras para a construção de um estacionamento subterrâneo.
02/05/2014
O sítio arqueológico foi encontrado a cerca de 150 metros da atual margem do Rio Tejo, na Praça D. Luís 1º, no centro da capital de Portugal.
Segundo Alexandre Sarrazola, o arqueólogo responsável pelo sítio, a descoberta ajuda a explicar a importância no Império Romano de Olissipo – como Lisboa era chamada na época romana.
''Esse achado prova que Olissipo foi um centro de trocas comerciais com outras províncias do império'', afirma.
No antigo ancoradouro foram encontradas peças arqueológicas que vão do século 1 a. C. ao século 4 d. C., produzidas em Portugal, no Norte da África, nos territórios atuais da Espanha, Itália e França.
Os arqueólogos acreditam que ainda existe a possibilidade de haver mais vestígios, que se encontrariam sob construções mais recentes.
Mais vestígios
Entre as peças mais importantes encontradas no local, estão dois fragmentos de cerâmica que tinham o nome do proprietário – lê-se Paupii R. A especialista Marta Lacasta Macedo acredita que a primeira palavra seja a declinação do nome Paupius.
Arqueólogo diz que peças encontradas dão pistas sobre vida cotidiana nos tempos romanos
Há também fragmentos de cerâmica decorada, que teria vindo da atual Espanha, um pote para especiarias ou outros condimentos de cozinha quase inteiro e parte de um prato do norte da África, em que apenas a parte superior é vitrificada.
Isto seria uma indicação de que se tratava de uma peça de uso comum. Segundo Sarrazola, essas são pistas sobre a vida cotidiana durante esse período.
Os relatos históricos contam que a cidade de Olissipo, além de ser um centro comercial, era o local onde se produzia uma das iguarias do Império Romano: o garum – feito de entranhas de sardinha fermentadas com condimentos.
Na região havia várias fábricas de garum e, do outro lado do rio, eram produzidas as ânforas em que o produto era exportado para outras províncias romanas.
Escavações
As escavações para a construção do estacionamento começaram em julho de 2010. No total, a área do estacionamento é de aproximadamente 80 metros de comprimento por 16 de largura, em sentido paralelo ao rio.
Entre as descobertas há fragmentos de cerâmica decorada vinda da atual Espanha
Desde o começo, a obra foi acompanhada pela equipe de Sarrazola, ligado à empresa Era-Arqueologia.
Os primeiros vestígios arqueológicos foram encontrados nas prospecções exploratórias, realizadas em agosto de 2010.
Eles eram de várias épocas, incluindo parte do paredão do cais da Casa da Moeda, do século 18, e parte do Forte de São Paulo, que teve grande importância no período posterior à restauração da independência de Portugal, que se separou da Espanha no século 17.
Apenas em janeiro deste ano foram encontrados os vestígios romanos. Estavam debaixo de uma estrutura de madeira de cerca de 300 metros quadrados, usada para virar lateralmente barcos para concertá-los.
Sarrazola acredita que pelo fato de os vestígios romanos estarem embaixo dessa estrutura ficaram protegidos do tsunami que se seguiu ao terremoto de 1755 e das movimentações de terra para o aterro do final do século 19 – que fez com que ficasse distante da margem atual do rio.
fonte;bbc brasil
O sítio arqueológico foi encontrado a cerca de 150 metros da atual margem do Rio Tejo, na Praça D. Luís 1º, no centro da capital de Portugal.
Segundo Alexandre Sarrazola, o arqueólogo responsável pelo sítio, a descoberta ajuda a explicar a importância no Império Romano de Olissipo – como Lisboa era chamada na época romana.
''Esse achado prova que Olissipo foi um centro de trocas comerciais com outras províncias do império'', afirma.
No antigo ancoradouro foram encontradas peças arqueológicas que vão do século 1 a. C. ao século 4 d. C., produzidas em Portugal, no Norte da África, nos territórios atuais da Espanha, Itália e França.
Os arqueólogos acreditam que ainda existe a possibilidade de haver mais vestígios, que se encontrariam sob construções mais recentes.
Mais vestígios
Entre as peças mais importantes encontradas no local, estão dois fragmentos de cerâmica que tinham o nome do proprietário – lê-se Paupii R. A especialista Marta Lacasta Macedo acredita que a primeira palavra seja a declinação do nome Paupius.
Arqueólogo diz que peças encontradas dão pistas sobre vida cotidiana nos tempos romanos
Há também fragmentos de cerâmica decorada, que teria vindo da atual Espanha, um pote para especiarias ou outros condimentos de cozinha quase inteiro e parte de um prato do norte da África, em que apenas a parte superior é vitrificada.
Isto seria uma indicação de que se tratava de uma peça de uso comum. Segundo Sarrazola, essas são pistas sobre a vida cotidiana durante esse período.
Os relatos históricos contam que a cidade de Olissipo, além de ser um centro comercial, era o local onde se produzia uma das iguarias do Império Romano: o garum – feito de entranhas de sardinha fermentadas com condimentos.
Na região havia várias fábricas de garum e, do outro lado do rio, eram produzidas as ânforas em que o produto era exportado para outras províncias romanas.
Escavações
As escavações para a construção do estacionamento começaram em julho de 2010. No total, a área do estacionamento é de aproximadamente 80 metros de comprimento por 16 de largura, em sentido paralelo ao rio.
Entre as descobertas há fragmentos de cerâmica decorada vinda da atual Espanha
Desde o começo, a obra foi acompanhada pela equipe de Sarrazola, ligado à empresa Era-Arqueologia.
Os primeiros vestígios arqueológicos foram encontrados nas prospecções exploratórias, realizadas em agosto de 2010.
Eles eram de várias épocas, incluindo parte do paredão do cais da Casa da Moeda, do século 18, e parte do Forte de São Paulo, que teve grande importância no período posterior à restauração da independência de Portugal, que se separou da Espanha no século 17.
Apenas em janeiro deste ano foram encontrados os vestígios romanos. Estavam debaixo de uma estrutura de madeira de cerca de 300 metros quadrados, usada para virar lateralmente barcos para concertá-los.
Sarrazola acredita que pelo fato de os vestígios romanos estarem embaixo dessa estrutura ficaram protegidos do tsunami que se seguiu ao terremoto de 1755 e das movimentações de terra para o aterro do final do século 19 – que fez com que ficasse distante da margem atual do rio.
fonte;bbc brasil
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