- Garis tomam a avenida Rio Branco em passeata no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (7)
Diante do entusiasmos dos grevistas, a PM não ofereceu resistência. Por volta das 14h20, a passeata chegou à praça da Cinelândia, nas proximidades do Theatro Municipal, e os manifestantes tomaram as escadarias da Câmara de Vereadores em poucos segundos. No local, eles fazem discursos e gritam palavras de ordem contra o prefeito Eduardo Paes (PMDB). Às 14h30, a avenida Rio Branco foi liberada para o trânsito.
O hino da passeata foi a paródia do samba "Acelera, Tijuca!", que virou "Acelera, Comlurb!" na versão dos garis. Eles também cantaram adaptações de marchinhas tradicionais do Carnaval carioca e da música "Vou Festejar", que ficou conhecida na voz de Beth Carvalho.
Sujeira nas ruas
Empresários e funcionários de dois grandes pólos comerciais da zona oeste do Rio de Janeiro já estão sentindo os efeitos da falta de coleta de lixo e varredura nas ruas. A greve dos garis, iniciada no sábado (1°) já dura sete dias e não tem previsão para acabar. Com isso, as ruas de Bangu e Campo Grande estão tomadas pela sujeira. O efeito tem sido lojas mais vazias depois do feriadão de Carnaval.Gari Renato Sorriso declara apoio a colegas grevistas
"Esse cheiro de azedo no ar espanta qualquer freguesia. Não estamos aguentando mais isso. Minha loja virou uma grande lixeira, porque o lixo da rua está vindo parar aqui dentro", reclama a empresária que atua no ramo de bolsas e acessórios no calçadão de Campo Grande. "Além disso, os clientes não suportam esse futum, eu estou tendo prejuízos. O pior é que, ao contrário dos clientes, eu não tenho como me esquivar de ficar perto dessa nojeira. Eu trabalho aqui, não tenho como fugir."
Mais adiante, já na rua que leva o mesmo nome do bairro, uma outra montanha de lixo dificulta a passagem de pedestres pela calçada. De um lado do lixo acumulado, o sorveteiro Sérgio Murilo diz que também está vendendo pouco.
As ruas do centro do Rio, por outro lado, amanheceram bem mais limpas do que nos dias anteriores. Mas a situação ainda é crítica também em vários pontos das zonas sul e norte --especialmente na Ilha do Governador-- da cidade. As favelas da Rocinha e Pavão Pavãozinho, na zona sul, amanheceram cobertas de lixo, mas homens da Comlurb já começaram a retirada dos resíduos nos morros.
Parados desde o dia 1°, os garis exigem aumento salarial, pagamento de horas extras e reajuste do auxílio refeição, entre outras reivindicações. Pelo acordo coletivo anunciado na segunda-feira (3), os garis terão 9% de aumento salarial (o piso passará de R$ 802 para R$ 874), mais 40% de adicional de insalubridade.
Eduardo Paes joga lixo na rua
O gari Célio Viana, um dos líderes do movimento grevista, disse que nesta sexta, 70% dos cerca de 4.000 garis da Comlurb estão parados. Já segundo o presidente da Comlurb, Vinicius Roriz, a paralisação atingiu entre 30% e 35% dos responsáveis por varrer as ruas e fazer a coleta dos resíduos.fonte;uol
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