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Jovem com leucemia faz campanha na internet para encontrar doador
De Sidrolândia (MS), Patrícia faria transplante, mas doador desistiu.
Campanha 'Amigos da Paty' incentiva cadastro de doadores de medula.
Patrícia participa de campanha criada por amigos (Foto: Patrícia Oshiro Bentran/Arquivo Pessoal)
Com leucemia linfoblástica aguda, a engenheira de alimentos Patrícia
Oshiro Bentran, 25 anos, e seus amigos iniciaram uma campanha na
internet para conseguir um doador de medula óssea compatível. Natural de
Sidrolândia (MS), a jovem está fazendo tratamento contra a doença em
São Paulo.Patrícia relatou ao G1 que descobriu a doença em maio de 2012. Depois que se formou, ela foi morar em Luís Eduardo Magalhães (BA). Com inchaço nas pernas, procurou um médico e este diagnosticou uma trombose.
"Nessa semana eu comecei a tratar e senti dor de cabeça. Liguei para o médico que estava com meu hemograma e ele disse que estava alterado, quando descobriu a leucemia", contou.
A engenheira de alimentos foi fazer o tratamento em Campo Grande. "Comecei a tratar e estava tudo bem até dezembro [de 2012], quando descobri que a doença tinha voltado e eu precisava de um transplante", disse, acrescentando que foi a São Paulo em fevereiro de 2013 para continuar o tratamento devido a um quadro de infecção.
"As informações são sigilosas, não sabemos quem é. Como ele não apareceu, tivemos que voltar a estaca zero e recomeçar a busca", explicou.
A ideia da campanha surgiu foi inspirada em uma jovem de Brasília. Segundo Patrícia, em 2012, quando precisou de um doador, a menina havia feito um vídeo, e como as buscas recomeçaram, ela decidiu iniciar a campanha. "Ela teve a ideia de todos que forem fazer a doação tirarem a foto", explicou.
A campanha intitulada 'Eu sou amigo da Paty' ganhou adeptos de pessoas de vários lugares do Brasil. A ideia consiste em estimular as pessoas a fazer o cadastro de doadores. Cada pessoa que se torna doador tira uma foto segurando uma placa com a frase da campanha '#EusouamigodaPaty'. As fotos são postadas em redes sociais e no blog da campanha.
"Nessa campanha surgiu gente de tudo quanto é lugar. Muita gente está doando, mas o processo é lento, tem que esperar um doador compatível e isso leva tempo", explicou. "Eu estou com muita esperança e acredito que com certeza a gente vai conseguir [um doador]", disse.
O pai da jovem, Carlos Brentan, disse ao G1 que a família está esperançosa quanto a campanha. "A campanha só vem ajudar, porque o caso da Patrícia só depende de um doador e a hora que aparecer o problema será resolvido", disse, garantindo que ainda que não perdeu a esperança após a desistência do doador. "É uma das piores doenças e a gente fica sentido, pois estava dependendo dessa pessoa, mas nunca perdemos a esperança."
O tio de Patrícia, Ademir Oshiro, tem uma filha que teve a doença quando pequena e ressalta a importância da doação e da campanha. "Queremos chamar a atenção sobre a importância da doação da medula óssea, porque a doação é tão simples, as pessoas são mal-informadas", afirmou
fonte;g1
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