REVOLUÇÃO NA UCRANIA 2013 Polícia ucraniana inicia desocupação de praça, mas manifestantes permanecem

A polícia de choque avançou na madrugada desta quarta-feira sobre os manifestantes favoráveis à União Europeia que ocupavam a Praça Independência de Kiev, "liberando" parte do local.

A partir dos extremos da praça, os policiais de choque tentaram expulsar os manifestantes por volta das 2h (22h de terça em Brasília), removendo as barricadas e as barracas instaladas ali.

No entanto, cerca de dois mil manifestantes se mantiveram encolhidos junto a fogueiras acesas no meio da neve em seu acampamento, desafiando as forças policiais.




Manifestantes entram em confronto com a polícia, que reocupou parte da praça da Independência, em Kiev

11/12/2013

Os manifestantes se reagruparam na Praça da Independência, onde armaram um acampamento com barracas e um palco onde cantores e oradores se revezam 24 horas por dia.

A polícia já saiu do local. Os agentes entraram nas viaturas policiais e abandonaram a praça. Antes de serem repelidos pela chegada de milhares de manifestantes, as forças de segurança haviam conseguido desocupar um terço da praça.

Após a retirada da polícia, os manifestantes começaram a levantar novas barricadas nos acessos da praça, que concentra milhares de pessoas nesta quarta.

A praça é local de concentração de manifestantes contrários à decisão do presidente Viktor Yanukovitch de não assinar, no final de novembro, um acordo de associação com a União Europeia (UE), favorecendo uma maior aproximação com a Rússia.

Na quinta-feira da semana passada, a polícia ucraniana havia dado cinco dias para que os manifestantes se dispersassem, mas isso não aconteceu.

DESOCUPAÇÃO

"A polícia agiu em cooperação com os serviços comunitários para se livrar das barricadas que bloqueavam a passagem" na Praça Independência, declarou um porta-voz da polícia local.

O Ministério do Interior da Ucrânia declarou nesta quarta-feira que a ação desta madrugada contra as barricadas montadas no entorno da Praça da Independência foi um trabalho de "limpeza urbana" e que os policiais não empregaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Segundo o Ministério do Interior, pelo menos dez agentes ficaram feridos nos enfrentamentos com os manifestantes, que ainda permanecem na praça.

Dezenas de agentes da tropa de choque também removeram as barricadas que sitiavam a sede da Presidência, os ministérios e o Parlamento.

Além da Praça da Independência, os manifestantes ainda mantêm em seu poder a Casa dos Sindicatos e o edifício da prefeitura.

Protesto na Ucrânia


























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Mulher entrega flores à polícia de choque durante ato na Praça da Independência em Kiev

A bandeira presidencial, azul com um tridente dourado no centro, tremulou em frente ao gabinete, sinalizando que Yanukovich está trabalhando --possivelmente pela primeira vez desde que os protestos começaram, em 21 de novembro.

"Vamos permanecer aqui até o fim para defender nossos direitos", disse o advogado Sergei Kuzan, 29 anos, parte de uma equipe autogerida de segurança montada para defender as barricadas no acampamento da praça da Independência. "Minha tarefa é não deixar a polícia entrar, nem os provocadores."

OPOSIÇÃO

Um dos líderes da oposição ucraniana, Arseni Iatseniouk, previu um protesto reunindo "milhões" de pessoas na Praça da Independência após a ação da polícia contra o local simbólico do movimento pró-europeu.

"Não vamos perdoar. Amanhã reuniremos milhões de pessoas e o regime recuará", desafiou Iatseniouk, do partido da líder opositora detida Yulia Timochenko.

Outro líder da oposição, o boxeador Vitali Klitschko, convocou os ucranianos para reforçar o protesto. "Habitantes de Kiev, levantem-se. Apenas unidos poderemos lutar pelo direito de viver em um país livre".

Diante da operação na Praça da Independência, a União Europeia pediu às autoridades em Kiev que impeçam qualquer "emprego da violência contra os cidadãos comuns".

Nesta terça, o presidente ucraniano se reuniu por mais de três horas com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.



fonte;uol

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