O navio para patrulha oceânica Amazonas chegou em 2012 e está em operação no Rio de Janeiro. O Apa já está a caminho. O Araguari também deverá chegar em 2013.
Além de serem os mais novos e modernos da Marinha, os três navios, batizados com a sigla NPaOc (Navio-Patrulha Oceânico), representam uma importante mudança de doutrina naval no país.
Cada vez mais em todo o planeta é preciso que as marinhas lidem com problemas como narcotráfico, pirataria e contrabando. Algo semelhante ao que o Exército faz nos morros e favelas do Rio.
Ou seja, são tarefas típicas de uma guarda costeira, uma instituição rival cuja criação sempre foi bloqueada pela Marinha, apesar de existir em países como os EUA. Mas os novos navios --e outros de menor porte adquiridos antes-- mostram que a Marinha está assumindo essas tarefas.
Os NPaOc são conhecidos no resto do mundo como OPV (offshore patrol vessel), navio de patrulha da costa.
São projetados para ter grande autonomia de mar, ficando mais de um mês em operação e eventualmente transportando fuzileiros navais para ações como abordagem de navios suspeitos.
Apesar do porte relativamente grande --mais de 2.000 toneladas completamente carregados--, possuem armamento leve. Não há mísseis nem torpedos. O canhão principal tem calibre 30 mm, contra 114 mm de fragatas e corvetas da Marinha.
O fato é que a Marinha descobriu que o país tem novas instalações para serem defendidas, como as plataformas de petróleo ao largo da costa.
Os três NPaOc foram uma "compra de oportunidade", como se costuma dizer no mercado internacional de armamentos. Tinham sido originariamente encomendados por Trinidad e Tobago, que desistiu da compra.
Os navios já estavam em construção. A Marinha optou pela compra, pois a fabricante, Bae Systems, fez um preço mais barato para não ter prejuízo. E incluiu a possibilidade de navios iguais serem construídos no Brasil.
Segundo comunicado da empresa, o contrato com a Marinha para fornecer os três navios de patrulha oceânica foi firmado em janeiro de 2012 por 133 milhões de libras (cerca de R$ 440 milhões).
Além de serem os mais novos e modernos da Marinha, os três navios, batizados com a sigla NPaOc (Navio-Patrulha Oceânico), representam uma importante mudança de doutrina naval no país.
04/01/2013
A guerra convencional, contra uma outra marinha hostil, continua sendo o principal foco da força naval brasileira, parte importante da dissuasão pregada pela Estratégia Nacional de Defesa.
Mas os novos navios sinalizam uma nova ênfase em guerra "assimétrica" --contra inimigos com menos poder de ataque-- e defesa da lei e da ordem no mar.
A guerra convencional, contra uma outra marinha hostil, continua sendo o principal foco da força naval brasileira, parte importante da dissuasão pregada pela Estratégia Nacional de Defesa.
Mas os novos navios sinalizam uma nova ênfase em guerra "assimétrica" --contra inimigos com menos poder de ataque-- e defesa da lei e da ordem no mar.
Cada vez mais em todo o planeta é preciso que as marinhas lidem com problemas como narcotráfico, pirataria e contrabando. Algo semelhante ao que o Exército faz nos morros e favelas do Rio.
Ou seja, são tarefas típicas de uma guarda costeira, uma instituição rival cuja criação sempre foi bloqueada pela Marinha, apesar de existir em países como os EUA. Mas os novos navios --e outros de menor porte adquiridos antes-- mostram que a Marinha está assumindo essas tarefas.
Os NPaOc são conhecidos no resto do mundo como OPV (offshore patrol vessel), navio de patrulha da costa.
São projetados para ter grande autonomia de mar, ficando mais de um mês em operação e eventualmente transportando fuzileiros navais para ações como abordagem de navios suspeitos.
Apesar do porte relativamente grande --mais de 2.000 toneladas completamente carregados--, possuem armamento leve. Não há mísseis nem torpedos. O canhão principal tem calibre 30 mm, contra 114 mm de fragatas e corvetas da Marinha.
O fato é que a Marinha descobriu que o país tem novas instalações para serem defendidas, como as plataformas de petróleo ao largo da costa.
Os três NPaOc foram uma "compra de oportunidade", como se costuma dizer no mercado internacional de armamentos. Tinham sido originariamente encomendados por Trinidad e Tobago, que desistiu da compra.
Os navios já estavam em construção. A Marinha optou pela compra, pois a fabricante, Bae Systems, fez um preço mais barato para não ter prejuízo. E incluiu a possibilidade de navios iguais serem construídos no Brasil.
Segundo comunicado da empresa, o contrato com a Marinha para fornecer os três navios de patrulha oceânica foi firmado em janeiro de 2012 por 133 milhões de libras (cerca de R$ 440 milhões).
FONTE;folha
http://www.naval.com.br/blog/2013/01/04/marinha-ganha-mais-tarefas-com-novos-navios/
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