O ritual marca o principal momento de uma peregrinação que acontece sem incidentes
MONTE ARAFAT - Mais de dois milhões de muçulmanos de 189 nacionalidades se reuniram nesta quinta-feira (25) no Monte Arafat, um ritual que marca o principal momento de uma peregrinação que acontece sem incidentes.
Muitos fiéis passaram a noite em barracas na árida planície de Arafat, enquanto outros, totalmente vestidos de branco, começaram a chegar durante a madrugada.
Entre os peregrinos estavam muitos sírios, que exibiam uma grande bandeira da rebelião iniciada há 19 meses contra o regime do presidente Bashar al-Assad.
"Deus, provoca o fim de Bashar al-Assad", implorou em voz alta Ahmad Al Mohamad, um peregrino sírio de 30 anos que chegou ao topo do Monte da Mitesericórdia, uma pequena colina que domina a área.
Muitos peregrinos subiram o monte orando, enquanto outros choravam de emoção.
O profeta Maomé pronunciou o "discurso do adeus" ao pé deste monte, dois meses antes de sua morte.
Até o momento não foi registrado nenhum incidente durante a peregrinação. Mais de 100.000 membros das forças de segurança foram mobilizados para garantir que o evento aconteça de maneira ordenada.
Durante a noite os peregrinos devem seguir para Muzdalifah, onde reunirão pedras para a lapidação de satã, um dos rituais que começam na sexta-feira, o primeiro dia da Aid al-Adha, ou festa do sacrifício.
O hajj (peregrinação) é um dos cinco pilares do islã que todo fiel deve cumprir pelo menos uma vez na vida, caso tenham os meios econômicos.
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