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Revista Espanhola publica charge de Maomé EM 2012
Na imagem de capa da revista, muçulmanos estão detidos pela polícia.
Filme anti-Islã e charges de revista francesa causam protestos no mundo.
27/09/2012
A revista espanhola de sátira política "El Jueves" publicou uma charge do profeta Maomé em sua capa, depois dos violentos protestos no mundo muçulmano por causa de um filme feito nos Estados Unidos e cartuns franceses considerados insultuosos ao islã. O site da publicação não estava imediatamente acessível.
A última edição de "El Jueves", que chegou às bancas espanholas na quarta-feira (26), mostra vários muçulmanos em uma fila da polícia sob o título "Mas... alguém sabe qual a aparência de Maomé?".
Qualquer representação do profeta é considerada uma blasfêmia pelos muçulmanos, mas a questão também gerou um debate no Ocidente sobre censura e liberdade de expressão.
Capa da 'El Jueves' que satiriza Maomé (Foto: Reprodução)
Jornal rebate charges de Maomé com outras charges no Egito
Entenda os protestos
A revistou recusou-se a comentar nesta quinta-feira (27) as razões para a publicação.
Para o "Huffington Post", porém, a editora Mayte Quilez disse que a revista tomou a decisão de assumir uma posição humorística sobre uma questão polêmica.
"Se você não pode retratar Maomé, como você sabe que é ele nas caricaturas?", disse.
Protestos após charges e filme
Na semana passada, a revista satírica francesa Charlie Hebdo publicou charges do profeta Maomé logo após protestos contra um filme produzido nos Estados Unidos provocar uma enxurrada de turbulência anti-EUA no Egito, Líbia e outros países.
O embaixador norte-americano na Líbia e outros três funcionários da missão diplomática foram mortos em um dos primeiros protestos, no dia 11 de setembro, e outros 15 pessoas foram mortas em protestos no Paquistão, na sexta-feira passada.
A embaixada espanhola enviou um recado na quarta-feira a seus cidadãos no Egito pedindo cuidado no caso de alguma reação à charge da El Jueves, mas não disse se irá aumentar a segurança em outros países árabes.
"Ainda estamos analisando quais medidas serão tomadas", afirmou uma fonte no ministério de Relações Exteriores.fonte;g1
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