BRASIL Mensalão: presidente do TSE teme que “descrença” afete eleições EM 2012




A nove dias da eleição municipal, a ministra do Supremo, Carmem Lúcia, que também exerce a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, fez ontem um desabafo e um apelo aos jovens eleitores brasileiros: que não se deixem dominar pela "descrença" na política e nos políticos por causa dos resultados do julgamento do mensalão. Só nesta quinta, 9 novos réus foram condenados, a maioria políticos, por envolvimento com o esquema de corrupção. 

28/09/2012

"A humanidade chegou aonde chegamos porque: ou é a política ou a guerra" - ressaltou Carmem Lúcia. Minutos antes de concluir seu voto, antecipado em razão de compromissos no TSE, a ministra aproveitou para o desabafo: "A gente vota com tristeza num caso como este. O meu voto na condenação não é desesperança na política, nem desconsideração na necessidade da política. É a crença nela."

Os demais ministros ouviram sem interferir, mas aquiesceram com a cabeça, ou num leve sorriso - caso do presidente do STF, Ayres Britto. Dirigindo-se não à Corte, mas aos cidadãos, Carmem Lúcia continuou: "Eu gostaria que o jovem brasileiro não desacreditasse da política por causa do erro de um ou de outro". E defendeu a necessidade de mais ética no tratamento do patrimônio público: "Quem exerce cargo político deve fazê-lo com mais rigor, porque está cuidando da coisa de todos. Um desvio significa que uma sociedade inteira foi furtada".

Na tarde desta quinta, Carmem Lúcia condenou dez políticos e auxiliares por corrupção passiva, e também julgou culpados onze réus pelo crime de lavagem de dinheiro. A ministra, no entanto, não acatou a acusação de formação de quadrilha porque considerou que não houve reunião para a prática de crime. Cada réu teria agido para atender seus próprios interesses.fonte;r7

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