Animais espantam ouriços-do-mar, que consomem algas marinhas.
Um dos papéis das algas é absorver grande quantidade de gás carbônico.
Lontras-marinhas ajudam a manter algas, que absorvem
CO2 (Foto: Arthur Morris/University of California/Divulgação)
Um novo estudo feito por pesquisadores americanos da Universidade da
Califórnia em Santa Cruz sugere que aumentar a população de
lontras-marinhas poderia contribuir, indiretamente, para a redução de
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, – um dos principais gases
causadores do aquecimento global.CO2 (Foto: Arthur Morris/University of California/Divulgação)
Isto porque, segundo a pesquisa descrita esta semana na revista científica "Frontiers in Ecology and the Environment", esses mamíferos são capazes de espantar ouriços-do-mar, que se alimentam de algas marinhas. Essas algas, por sua vez, são responsáveis por absorver grandes quantidades de CO2 da atmosfera.
Segundo o professor de ecologia e biologia evolutiva Chris Wilmes, um dos autores do trabalho, foram combinados mais de 40 anos de dados sobre lontras e algas encontradas na Ilha de Vancouver, no oeste do Canadá.
O pesquisador diz que as lontras marinhas têm um efeito indireto positivo sobre a biomassa de algas. Ele explica ainda que os ouriços-do-mar se escondem em fendas e evitam se alimentar de restos de algas com a presença das lontras, aumentando o trabalho de absorção de CO2 pelos vegetais aquáticos, por meio do processo de fotossíntese.
De acordo com o estudo, a divulgação sobre o aumento da população de lontras não resolve totalmente o problema das emissões de gás carbônico, mas essa é uma forma de alertar sobre a necessidade de incluir a preservação dos animais em modelos climáticos e métodos de captura de carbono.
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