Processo serve para prever catástrofes e proteger a população.
Sem redução das emissões, adaptação tem limites, diz pesquisadora.
Novo relatório do IPCC prevê mais desastres climáticos no futuro
Com o avanço da mudança climática, surge entre os cientistas uma necessidade que vai além de prevenir os impactos ambientais. Um campo de pesquisas chamado de “adaptação”, voltado para preparar a população contra os efeitos adversos, ganha força entre os pesquisadores.
Sem redução das emissões, adaptação tem limites, diz pesquisadora.
Novo relatório do IPCC prevê mais desastres climáticos no futuro
Com o avanço da mudança climática, surge entre os cientistas uma necessidade que vai além de prevenir os impactos ambientais. Um campo de pesquisas chamado de “adaptação”, voltado para preparar a população contra os efeitos adversos, ganha força entre os pesquisadores.
12/06/2012
Apesar da resistência de alguns céticos, o aquecimento global é aceito como uma realidade pela maior parte da comunidade científica. O último relatório do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) definiu como “provável” o aumento de tempestades em diferentes regiões do mundo, em consequência das alterações na temperatura.
Esse é apenas um exemplo das graves consequências ambientais que o ser humano terá de enfrentar com a mudança climática. E é para resolver esse problema que o conceito de adaptação se aplica.
Chuvas como as que devastaram a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011 devem ser cada vez mais comuns, dizem cientistas (Foto: Marino Azevedo/ Governo do estado RJ/arquivo)
Diana Liverman, uma das diretoras do Instituto do Meio Ambiente da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, veio ao Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro para falar sobre a adaptação à mudança climática, que foi tema de uma conferência realizada por sua instituição no último mês de maio.
Ela explicou que a adaptação diz respeito apenas às técnicas desenvolvidas para lidar com os impactos ambientais, como a mudança climática, tema abordado no debate. Já as técnicas que buscam reduzir a emissão de gases estufa, uma forma de combater o avanço do aquecimento global, se encaixam num conceito diferente, a “mitigação”.
Os dois campos da ciência precisam trabalhar em parceria. “Se continuarmos colocando gases estufa na atmosfera, os impactos se tornarão mais severos”, explicou Liverman. “Há limites para a adaptação. Se não fizermos algo para reduzir as emissões, pode.mos encarar um planeta tão mais quente que seria impossível se adaptar”.
A pesquisadora deu exemplos simples do que é a adaptação à mudança climática. Em ilhas do Pacífico ameaçadas pelo aumento do nível do mar, a população está trocando os poços artesianos por caixas d’água mais altas, para evitar que a água salgada entre em contato com a água doce. Em outros lugares, diques mais altos e resistentes estão sendo construídos para proteger as cidades do avanço do mar.
A esses exemplos podem se somar novas iniciativas, principalmente em áreas vulneráveis, como as regiões litorâneas ou pontos tingidos pela seca. É exatamente para encontrar essas novas soluções que o campo de pesquisas precisa se ampliar. “Somos uma comunidade pequena e não temos muito dinheiro para pesquisas”, apontou Liverman.
Na conferência realizada em maio, no Arizona, os próprios cientistas reconheceram algumas de suas falhas e apontaram em que direção os estudos futuros precisam ir. Segundo Liverman, é preciso definir e medir a vulnerabilidade com mais precisão, assegurar que os métodos são rigorosos e pensar em vário
FONTE;G1
Apesar da resistência de alguns céticos, o aquecimento global é aceito como uma realidade pela maior parte da comunidade científica. O último relatório do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) definiu como “provável” o aumento de tempestades em diferentes regiões do mundo, em consequência das alterações na temperatura.
Esse é apenas um exemplo das graves consequências ambientais que o ser humano terá de enfrentar com a mudança climática. E é para resolver esse problema que o conceito de adaptação se aplica.
Chuvas como as que devastaram a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011 devem ser cada vez mais comuns, dizem cientistas (Foto: Marino Azevedo/ Governo do estado RJ/arquivo)
Diana Liverman, uma das diretoras do Instituto do Meio Ambiente da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, veio ao Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro para falar sobre a adaptação à mudança climática, que foi tema de uma conferência realizada por sua instituição no último mês de maio.
Ela explicou que a adaptação diz respeito apenas às técnicas desenvolvidas para lidar com os impactos ambientais, como a mudança climática, tema abordado no debate. Já as técnicas que buscam reduzir a emissão de gases estufa, uma forma de combater o avanço do aquecimento global, se encaixam num conceito diferente, a “mitigação”.
Os dois campos da ciência precisam trabalhar em parceria. “Se continuarmos colocando gases estufa na atmosfera, os impactos se tornarão mais severos”, explicou Liverman. “Há limites para a adaptação. Se não fizermos algo para reduzir as emissões, pode.mos encarar um planeta tão mais quente que seria impossível se adaptar”.
A pesquisadora deu exemplos simples do que é a adaptação à mudança climática. Em ilhas do Pacífico ameaçadas pelo aumento do nível do mar, a população está trocando os poços artesianos por caixas d’água mais altas, para evitar que a água salgada entre em contato com a água doce. Em outros lugares, diques mais altos e resistentes estão sendo construídos para proteger as cidades do avanço do mar.
A esses exemplos podem se somar novas iniciativas, principalmente em áreas vulneráveis, como as regiões litorâneas ou pontos tingidos pela seca. É exatamente para encontrar essas novas soluções que o campo de pesquisas precisa se ampliar. “Somos uma comunidade pequena e não temos muito dinheiro para pesquisas”, apontou Liverman.
Na conferência realizada em maio, no Arizona, os próprios cientistas reconheceram algumas de suas falhas e apontaram em que direção os estudos futuros precisam ir. Segundo Liverman, é preciso definir e medir a vulnerabilidade com mais precisão, assegurar que os métodos são rigorosos e pensar em vário
FONTE;G1
Geen opmerkings nie:
Plaas 'n opmerking