BRASIL Estiagem faz água desaparecer de rio e açude em Vacaria, no RS EM 2012

Internauta registrou nível do Rio Pelotas em maio de 2011 e 2012.
Município enfrenta racionamento de 16 horas diárias devido à seca

Montagem mostra rio cheio em 2011 e seco no mesmo período de 2012 (Foto: Saulo Vargas/VC no G1 RS)

Assim como os 61,3 mil habitantes de Vacaria, na Serra do Rio Grande do Sul, o internauta Saulo Vargas, de 36 anos, está preocupado com a estiagem que assola o estado e deixa cerca de 140 municípios em situação de emergência. Ele é técnico em comunicações e registrou o antes de depois do Rio Pelotas, que faz a divisa entre o RS e Santa Catarina pela BR-116.

29/05/2012

A primeira foto, à esquerda, mostra o rio em de 2011. Neste ano, Saulo voltou ao mesmo local no mesmo período e registrou o reflexo da estiagem na região. O nível do rio caiu consideravelmente e agora expõe a vegetação seca, cercada por terra e pedras.

"A estiagem na Região Sul deixa seus sinais por toda parte. Quem viaja pelas rodovias percebe a paisagem seca. Prejudica muito o trabalho dos agricultores, produtores rurais, principalmente quem trabalha com gado. A população agora precisa se adaptar à essa nova realidade de racionamento de água", afirmou o internauta.


Açude seco às margens da BR-116 no RS
(Foto: Saulo Vargas/VC no G1)

Neste açude (foto ao lado), que fica próximo ao pedágio de Vacaria, na BR-116, os barcos já não conseguem navegar. A água que dava vida aos peixes não existe mais. A imagem reflete bem a grave situação de "uma estiagem como há muito tempo não se via", segundo Saulo.

Nota da redação: os moradores de Vacaria enfrentam desde domingo (27) racionamento de água de 16 horas diárias devido ao nível crítico da barragem da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) que está 5,35 metros abaixo do normal. A medida é por tempo indeterminado e vale sempre das 18h às 10h do dia seguinte.

Para tentar amenizar os efeitos da seca, o governo do Rio Grande do Sul lançou na manhã desta segunda-feira (28) o Cartão Estiagem, que tem o objetivo de beneficiar mais de 100 mil famílias dos municípios com decreto de emergência.

Serão liberados R$ 45 milhões do orçamento do estado. Entre agricultores, a ajuda de R$ 400 será destinada a 100 mil famílias. Além disso, também serão beneficiadas 8 mil famílias de assentados da Reforma Agrária e 1,2 mil famílias quilombolas, que receberão R$ 500.

Os recursos são para aquisição de insumos e alimentação humana e animal. As inscrições devem ser feitas junto às entidades representativas. Com relação aos quilombolas, o contato deve ser feito diretamente na Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), dentro do Programa RS Mais Igual.



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FONTE;G1

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