Fabian
estava entusiasmado enquanto ensaiava mais uma vez o seu discurso que ia
apresentar pela manhã para a multidão. Ele sempre desejou prestígio e poder,
e agora seus sonhos iam se tornar realidade. Ele era um artesão que trabalhava
com prata e ouro, fabricando jóias e ornamentos, mas não estava contente por
ter que trabalhar para viver. Ele precisava de entusiasmo, um desafio, e agora o
seu plano estava pronto para começar.
Geração
após geração as pessoas utilizaram o sistema de escambo. Um homem mantinha
sua família suprindo-a do necessário para viver ou especializava-se em algum
tipo de comércio particular. Os bens excedentes de sua própria produção eram
trocados pelos excedentes de outras pessoas.
09/04/2012
09/04/2012
Um
dia no mercado era sempre ruidoso e poeirento; no entanto, as pessoas desejavam
os gritos e as saudações, assim como o companheirismo. Costumava ser um lugar
feliz, mas agora tinha gente demais, discussões demais. Não havia tempo para
uma boa conversa. Precisava-se um sistema melhor.
Normalmente,
as pessoas eram felizes e desfrutavam os frutos do seu trabalho.
Em
cada comunidade, um governo simples tinha sido formado para garantir que as
liberdades e os direitos das pessoas fossem protegidos, e que nenhum homem fosse
forçado por nenhum outro homem ou grupo de homens a fazer qualquer coisa contra
a própria vontade.
Este
era o único propósito do governo e cada governador era apoiado voluntariamente
pela comunidade local que o havia eleito.
No
entanto, o dia de mercado era um problema que não podiam solucionar. Uma faca
valia uma ou duas cestas de milho? Uma vaca valia mais do que um carroça?...
etc. Ninguém havia pensado num sistema melhor.
Fabian
anunciou: "Tenho a solução para nossos problemas de escambo, e convido
todos para uma reunião pública amanhã".
No
dia seguinte houve uma reunião na praça da cidade e Fabian explicou para todos
o novo sistema que ele chamou de "dinheiro". A idéia parecia boa.
"Como vamos começar?" perguntaram as pessoas.
"O
ouro que eu uso em ornamentos e jóias é um metal excelente. Não perde o
brilho nem enferruja e vai durar muitos anos. Fundirei um pouco do meu ouro em
moedas e vamos chamar cada moeda de "um dólar".
Ele
explicou como esses valores iam funcionar, e que esse "dinheiro" seria
realmente um meio para o intercâmbio - um sistema muito melhor do que o
escambo.
Um
dos governadores questionou, "Algumas pessoas podem achar ouro e fazer
moedas para si mesmas", disse ele.
"Isso
seria muito injusto", Fabian tinha pronta a resposta. "Só as moedas
aprovadas pelo governo podem ser utilizadas, e estas vão ter uma marca especial
gravada nelas". Isso parecia razoável e foi proposto que se dê a cada
homem um número igual de moedas. "Só eu mereço a maioria," disse o
fabricante de velas, "Todos utilizam minhas velas". "Não",
disse o fazendeiro, "sem alimento não há vida, com certeza nós temos que
ter a maior quantidade de moedas". E a discussão continuou.
Fabian
deixou eles discutirem durante algum tempo e finalmente disse, "Posto
que nenhum de vocês pode chegar a um acordo, sugiro que cada um obtenha de mim
a quantidade de que necessitam. Não haverá limite, exceto pela sua capacidade
de devolvê-las. Quanto mais dinheiro cada um obtiver, mais deve devolver no
final do ano. "E qual é o seu pagamento?" as pessoas perguntaram a
Fabian.
"Posto
que estou lhes oferecendo um serviço, ou seja, o suprimento de dinheiro, vocês
me dão direito a receber pagamento pelo meu trabalho. Vamos dizer que para cada
100 moedas que vocês obtêm, devolvem-me 105 por cada ano que vocês mantêm a
dívida. As 5 vão ser meu pagamento, e vou chamar esse pagamento de
"juros".
Não
parecia existir outra maneira, e aliás, 5% parecia pouco para um ano.
"Voltem próxima sexta-feira e vamos começar".
Fabian
não perdeu tempo. Fez moedas noite e dia, e no final de semana já estava
pronto. As pessoas fizeram fila para entrar na sua loja, e depois das moedas
terem sido examinadas e aprovadas pelos governadores, o sistema passou a
vigorar. Algumas pessoas pediram só umas poucas moedas e saíram para
experimentar o novo sistema.
Acharam
o dinheiro maravilhoso, e rapidamente valoraram tudo em moedas de ouro ou
dólares. O valor que puseram em cada coisa foi chamado de "preço" e
o preço dependia principalmente da quantidade de trabalho requerida para
produzir o bem. Se levava muito trabalho o preço era alto mas se o bem era
produzido com pouco esforço o preço era baixo.
Em
uma cidade morava Alan, que era o único relojoeiro. Seus preços eram altos
porque os clientes estavam ansiosos por pagarem para obter um dos seus
relógios.
Depois
outro homem começou a fazer os relógios e os ofereceu com um preço mais baixo
para conseguir vendas. Alan foi forçado a baixar seus preços e depois todos os
preços caíram, assim os dois homens se esforçaram para dar a melhor qualidade
com o menor preço. Essa era a genuína livre competição.
A
mesma coisa aconteceu com os construtores, operadores de transportes,
contadores, fazendeiros; na verdade, em cada empreendimento. Os clientes
escolhiam sempre o que sentiam que era o melhor negócio, tinham liberdade de
escolha. Não havia proteção artificial tal como licenças ou tarifas que
evitassem que outras pessoas entrassem em um determinado negócio. O padrão de
vida elevou-se e depois de pouco tempo as pessoas perguntaram-se como podiam ter
vivido antes sem dinheiro.
No
final do ano, Fabian saiu da sua loja e visitou todas as pessoas que lhe deviam
dinheiro. Algumas possuíam mais do que tinham pedido emprestado, mas isso
significava que outras pessoas tinham menos, posto que inicialmente tinha sido
distribuída só uma quantidade limitada de moedas. Os que possuíam mais do que
tinham pedido emprestado, devolveram o empréstimo e mais 5 adicionais para cada
100, mas tiveram que pedir emprestado novamente para poder continuar.
Os
demais descobriram pela primeira vez, que tinham uma dívida. Antes de lhes
emprestar mais dinheiro, Fabian tomou-lhes em hipoteca alguns de seus ativos e
assim, cada um saiu mais uma vez para tentar conseguir essas 5 moedas extras que
pareciam sempre tão difíceis de encontrar.
Ninguém
se deu conta de que o pais como um todo jamais poderia sair da dívida até que
todas as moedas fossem devolvidas, mas mesmo que isso fosse feito haviam ainda
aquelas 5 adicionais para cada 100 que nunca tinham sido postas em circulação.
Ninguém além de Fabian podia ver que era impossível pagar os juros - o
dinheiro extra nunca tinha sido posto em circulação, e portanto sempre
faltaria para alguém.
Era
verdade que Fabian gastava algumas moedas, mas ele sozinho não podia gastar
tanto como os 5% da economia total do pais. Havia milhares de pessoas e Fabian
era só um. Além do mais, ele ainda era um ourives vivendo uma vida
confortável.
Nos
fundos da sua loja, Fabian tinha um cofre e as pessoas acharam conveniente
deixar algumas de suas moedas com ele por segurança. Fabian cobrava uma pequena
quantia, dependendo da quantidade e do tempo que o dinheiro permanecia com ele e
dava ao dono das moedas um recibo por cada depósito.
Quando
uma pessoa fazia compras, normalmente não levava muitas moedas de ouro. Essa
pessoa dava ao mercador um dos recibos de Fabian segundo o valor das mercadorias
que desejava comprar.
Os
mercadores reconheciam o recibo como verdadeiro e aceitavam-no com a idéia de
levá-lo depois a Fabian para retirar uma quantidade equivalente em moedas. Os
recibos passaram de mão em mão ao invés do próprio ouro. As pessoas
confiavam totalmente nos recibos - elas os aceitavam como se fossem tão bons
quanto as moedas de ouro.
Em
pouco tempo, Fabian notou que era muito pouco freqüente que uma pessoa pedisse
de volta suas moedas de ouro.
Ele
pensou: "Aqui estou eu, na posse de todo este ouro e continuo tendo que
trabalhar duro como artesão. Não faz sentido. Há muitas pessoas que ficariam
contentes de me pagar juros pelo uso deste ouro que está guardado aqui e cujos
donos raramente pedem de volta.
É
verdade que o ouro não é meu, mas está no meu poder e é o que interessa.
Praticamente não preciso nem mais fazer moedas, posso utilizar algumas das que
estão guardadas no cofre."
No
início ele era muito precavido, emprestando umas poucas moedas de cada vez e
somente quando tinha certeza da sua devolução. Mas aos poucos adquiriu
confiança e emprestou quantidades cada vez maiores.
Um
dia, pediram um empréstimo bastante grande. Fabian sugeriu, "Em vez de
você levar todas estas moedas podemos fazer um depósito em seu nome e então
eu lhe dou vários recibos com o valor das moedas". A pessoa que pediu o
empréstimo concordou e saiu com um maço de recibos. Ela tinha obtido um
empréstimo, no entanto o ouro continuava no cofre de Fabian. Depois que o
cliente se foi, Fabian sorriu. Ele podia ter seu bolo e ainda por cima comê-lo.
Ele podia "emprestar" o ouro e ainda mantê-lo no seu poder.
Os
amigos, os estrangeiros e até os inimigos necessitavam de fundos para
continuarem os seus negócios e desde que pudessem garantir a devolução,
podiam pedir emprestado tanto quanto necessitassem. Simplesmente escrevendo
recibos Fabian podia "emprestar" várias vezes o valor do ouro que
havia em seu cofre, e ele nem sequer era o dono do dinheiro. Tudo era seguro,
desde que os donos verdadeiros não pedissem a devolução do seu ouro e a
confiança das pessoas fosse mantida.
Ele
tinha um livro onde registrava os débitos e os créditos de cada pessoa. De
fato, o negócio de empréstimos estava se mostrando muito lucrativo.
Sua
posição social na comunidade aumentava quase tão rapidamente quanto sua
riqueza. Ele estava se tornando um homem importante e requeria respeito. Em
matéria de finanças, sua palavra era como uma declaração sagrada.
Os
ourives de outras cidades ficaram curiosos sobre suas atividades e um dia
chamaram-no para ter uma audiência com ele. Fabian disse-lhes o quê ele estava
fazendo, mas ressaltou cuidadosamente a necessidade de manter o segredo.
Se
o plano deles fosse exposto, o esquema falharia,
assim todos concordaram em formar sua própria aliança secreta.
Cada
um voltou à sua cidade e começou a trabalhar como Fabian tinha-lhes ensinado.
As
pessoas agora aceitavam os recibos como se fossem tão bons quanto o ouro e
muitos recibos foram depositados para mantê-los em segurança da mesma maneira
que as moedas. Quando um mercador desejava comprar mercadorias de um outro, ele
simplesmente redigia uma nota curta dirigida a Fabian na qual o autorizava a
transferir o dinheiro da sua conta para a do segundo mercador. Fabian gastava
apenas alguns minutos para ajustar os números no livro.
Esse
novo sistema se tornou muito popular e as notas com a instrução de
transferência foram chamadas de "cheques".
Mais
tarde, em uma noite, os ourives tiveram uma outra reunião secreta e Fabian
revelou-lhes um novo plano. No dia seguinte, eles convocaram uma reunião com
todos os governadores e Fabian começou: "Os recibos que nós emitimos se
tornaram muito populares. Sem dúvida, a maioria de vocês, os governadores,
estão usando-os e acham que são muito convenientes". Os governadores
concordaram, embora se perguntassem qual era o problema. "Bem",
continuou Fabian, "alguns recibos estão sendo copiados por falsificadores.
Esta prática deve parar".
Os
governadores se alarmaram: "O quê podemos fazer?" perguntaram. Fabian
respondeu, "Minha proposta é: primeiro de tudo, vamos fazer com que
seja o trabalho do governo a impressão de novas notas em um papel especial com
desenhos muito intricados. Cada nota será assinada pelo principal governador.
Nós ourives ficaremos felizes de pagar os custos da impressão, por que vai nos
poupar o tempo que passamos redigindo nossos recibos". Os governadores
pensaram, "Bem, o nosso trabalho é proteger as pessoas contra
falsificadores e este conselho de vocês parece certamente uma boa idéia".
Concordaram então em imprimir as notas.
"Em
segundo lugar," disse Fabian, "algumas pessoas têm feito escavações
e estão fazendo suas próprias moedas de ouro. Sugiro que vocês aprovem uma
lei, para que qualquer pessoa que encontre pepitas de ouro, deva entregá-las.
É claro que essas pessoas vão ser pagas com notas e moedas".
A
idéia parecia boa, e sem pensar muito nisso, imprimiram uma grande quantidade
de notas novinhas em folha. Cada nota tinha um valor impresso nela de $1, $2,
$5, $10 etc. Os pequenos custos de impressão foram pagos pelos ourives.
As
notas eram muito mais fáceis de transportar e rapidamente foram aceitas pelas
pessoas. Apesar da sua popularidade, essas notas e moedas eram usadas somente
em 10% das transações. Os registros mostraram que o sistema de cheques era
utilizado em 90% de todos os negócios.
A
etapa seguinte do plano dele começou. Até agora, as pessoas estavam pagando a
Fabian para guardar o dinheiro delas. Para atrair mais dinheiro ao seu cofre,
Fabian ofereceu pagar aos depositantes 3% de juros sobre seus depósitos.
A
maioria das pessoas acreditava que ele estava re-emprestando o dinheiro delas a
quem pedisse um empréstimo, com 5% de juros, e que seu ganho era a diferença
de 2%. Aliás, as pessoas não lhe perguntaram muito, porque obter 3% era muito
melhor do que pagar para depositar o dinheiro em um lugar seguro.
A
quantidade das poupanças cresceu e com o dinheiro adicional nos cofres,
Fabian podia emprestar $200, $300, $400 e as vezes até $900 para cada $100 em
notas e moedas que ele mantinha em depósito. Ele teve que ter cuidado para não
ultrapassar esta relação de 9 a 1, uma vez que uma pessoa de cada dez queria
retirar suas notas e moedas para utilizá-las.
Se
não houvesse dinheiro suficiente quando requerido, as pessoas ficariam
desconfiadas já que os livros de depósito mostravam o quanto elas tinham
depositado. Ainda assim, sobre os $900 que os livros contábeis demonstravam que
Fabian tinha emprestado redigindo cheques, ele podia cobrar até $45 de juros,
ou seja, 5% de 900. Quando o empréstimo mais os juros eram devolvidos ($945),
os $900 eram cancelados no livro de débitos e Fabian ficava com os $45 de
juros. Portanto, ele estava mais que contente de pagar $3 de juros sobre os $100
depositados originalmente, os quais nunca tinham saído do seu cofre. Isto
significava que, para cada $100 que mantinha em depósito, era possível obter
um lucro de 42%, enquanto a maioria das pessoas pensava que ele só ganhava 2%. Os
outros ourives estavam fazendo a mesma coisa. Criavam dinheiro do nada,
apenas com suas assinaturas em um cheque, e ainda por cima cobravam juros sobre
ele.
É
verdade que eles não estavam fabricando dinheiro, o governo imprimia as notas e
as entregava aos ourives para serem distribuídas. O único gasto de Fabian era
o pequeno custo de impressão. No entanto, eles estavam criando dinheiro de
crédito que vinha do nada e sobre o qual faziam incidir juros. A maioria das
pessoas acreditava que a provisão de dinheiro era uma operação do governo.
Acreditavam também que Fabian estava lhes emprestando o dinheiro que alguém
mais tinha depositado, mas era estranho que nenhum depósito decrescia quando
Fabian emprestava dinheiro. Se todos tivessem tentado retirar seus depósitos ao
mesmo tempo, a fraude teria sido descoberta.
Não
havia problemas quando alguém pedia um empréstimo em moedas ou notas. Fabian
simplesmente explicava ao governo que o aumento da população e da produção
requeria mais notas, e ele as obtinha por pequeno custo de impressão.
Um
dia, um homem muito pensativo foi ver Fabian. "Esta cobrança de juros
está errada", disse ele. "Para
cada $100 que você empresta, você está pedindo $105 em retorno. Os $5 extras
não podem ser pagos nunca, já que não existem.
Os
fazendeiros produzem comida, os industriais produzem bens e assim fazem todos os
demais, mas somente você produz dinheiro. Suponha que existam somente dois
empresários em todo o pais, e que nós empregamos o resto da população.
Pedimos-lhe emprestado $100 cada um, pagamos $90 em salários e gastos e ficamos
com $10 de lucro (nosso salário). Isso significa que o poder aquisitivo total
de toda a população é $90 + $10 multiplicado por dois, isto é $200. Mas,
para lhe pagar, nós devemos vender toda a nossa produção por $210. Se um de
nós tiver sucesso e vender toda a produção por $105, o outro homem só pode
esperar obter $95. Além disso, parte dos seus bens não pode ser vendida, já
que não restaria mais dinheiro para comprá-los.
Tendo
obtido só $95, o segundo empresário ainda deveria a você $10 e só poderia
lhe pagar pedindo mais emprestado. Este sistema é impossível".
O
homem continuou, "Certamente você
deveria emitir $105, ou seja 100 para mim e 5 para seus próprios gastos. Assim,
haveria $105 em circulação e a dívida poderia ser paga".
Fabian
escutou em silêncio e finalmente disse: "A economia financeira é um
assunto muito profundo meu amigo, requer anos de estudo. Deixe que eu me
preocupo com estes assuntos e você se preocupa com os seus. Você deve se
tornar mais eficiente, aumente sua produção, reduza seus gastos e torne-se um
melhor empresário. Sempre vou estar disposto a ajudá-lo nesses assuntos".
O
homem se foi sem se dar por convencido. Havia alguma coisa errada com as
operações de Fabian e ele sentiu que suas perguntas tinha sido evitadas.
No
entanto, a maioria das pessoas respeitava a palavra de Fabian -"Ele é o
perito, os demais devem estar errados. Olhem só como é que o pais
desenvolveu-se, como a nossa produção aumentou. É melhor nós deixarmos que
ele tome conta destas coisas".
Para
pagar os juros sobre os empréstimos que haviam pedido, os mercadores tiveram
que elevar seus preços. Os assalariados queixaram-se de que os salários eram
muito baixos. Os empresários negaram-se a pagar maiores salários, dizendo que
quebrariam. Os fazendeiros não podiam obter preços justos pela sua produção.
As donas de casa queixavam-se de que os alimentos estavam muito caros.
E
finalmente, algumas pessoas declararam-se "em greve", algo do qual
nunca se tinha ouvido falar antes. Outros haviam sido afetados pela pobreza, e
seus amigos e parentes não tinham dinheiro para ajudá-los. A maioria tinha
esquecido a verdadeira riqueza ao seu redor: as terras férteis, os grandes
bosques, os minerais e o gado. Só podiam pensar no dinheiro, que sempre
parecia faltar. Mas nunca questionaram o sistema. Eles acreditavam que o
governo o estava controlando.
Alguns
poucos tinham juntado seu dinheiro em excesso e formaram companhias de
empréstimos ou "companhias financeiras". Podiam obter 6% ou mais,
desta maneira, o que era melhor do que os 3% que Fabian pagava, mas só podiam
emprestar o dinheiro que possuíam - não tinham o estranho poder de criar
dinheiro do nada simplesmente registrando números em um livro.
Estas
companhias financeiras de alguma maneira preocupavam Fabian e seus amigos,
então eles logo formaram as suas próprias companhias. Na maioria dos casos,
compraram as outras companhias antes de que começassem suas operações. Em
pouco tempo, todas as companhias financeiras ou pertenciam a eles ou estavam
sobre o controle deles.
A
situação econômica piorou. Os assalariados tinham certeza de que os patrões
estavam tendo muito lucro. Os patrões diziam que os trabalhadores eram muito
preguiçosos e não estavam cumprindo honestamente seu dia de trabalho e
todos culpavam a todos. Os governantes não podiam achar uma resposta,
e além disso, o problema imediato parecia ser combater a crescente pobreza.
O
Governo empreendeu então esquemas de previdência e fizeram leis forçando as
pessoas a contribuírem com eles. Isto fez com que muitas pessoas ficassem
irritadas - elas acreditavam na velha idéia de ajudar o vizinho
voluntariamente.
"Estas
leis não são mais do que um roubo legalizado. Tirar uma coisa de uma
pessoa contra sua vontade, independente do propósito para o qual vai ser usado,
não é diferente de roubar."
Mas
cada homem sentia-se indefenso e temia a ameaça de ir para a cadeia se falhasse
em pagar. No inicio, estes esquemas de previdência deram algum alívio, mas com
o tempo o problema da pobreza agravou-se novamente e então era preciso mais
dinheiro para a previdência. O custo destes esquemas elevou-se mais e mais e o
tamanho do governo aumentou.
A
maioria dos governantes eram homens sinceros tentando fazer o melhor possível.
Eles não gostavam de pedir mais dinheiro ao seu povo e finalmente, não tiveram
outra opção a não ser pedir dinheiro emprestado a Fabian e seus amigos. Eles
não tinham idéia de como fariam para pagar esse empréstimo.
A situação piorou, os pais já não podiam pagar professores para seus filhos.
Não podiam pagar médicos e as empresas de transporte estavam falindo.
O
governo foi forçado a assumir o controle desses serviços um por um.
Professores, médicos e muitos outros tornaram-se servidores públicos.
Poucas
pessoas estavam satisfeitas com os seus empregos. Recebiam um salário razoável
mas perderam sua identidade. Converteram-se em pequenas engrenagens de uma
maquinaria gigante.
Não
havia espaço para a iniciativa pessoal, muito pouco reconhecimento para o
esforço, sua renda era fixa e somente podia-se ascender quando um superior se
aposentava ou morria.
Desesperados,
os governantes decidiram pedir o conselho de Fabian. Consideravam-no muito
sábio e parecia saber como resolver assuntos de dinheiro. Fabian os escutou
explicarem todos os seus problemas, e finalmente respondeu, "Muitas pessoas
não podem resolver seus próprios problemas - eles precisam de alguém que o
faça por eles. Com certeza, vocês vão concordar que a maioria das pessoas tem
direito a ser feliz e a ter o básico para viver. Um de nossos grandes ditados
populares é "Todos os homens são iguais" - Não é verdade?
Bem,
a única maneira de equilibrar as coisas é tomar o excesso de riqueza dos ricos
e dá-lo aos pobres. Organizem um sistema de impostos. Quanto mais um homem tem,
mais deve pagar. Arrecadem os impostos de cada pessoa segundo sua capacidade e
dêem a cada um segundo sua necessidade. As escolas e os hospitais devem ser
gratuitos para aqueles que não puderem pagá-los."
Ele
lhes deu uma longa palestra sobre grandes ideais e concluiu dizendo: "Ah, a
propósito, não se esqueçam de que me devem dinheiro. Estiveram
me pedindo emprestado por muito tempo. O mínimo que posso fazer para ajudar, é
que vocês só me paguem os juros. Nós deixaremos o capital como dívida,
apenas me paguem os juros".
Saíram,
e sem pensar muito sobre as filosofias de Fabian, introduziram o imposto
gradativo sobre a renda: quanto mais você ganha, mais alta é a sua dívida
fiscal. Ninguém gostou disso, mas ou pagavam os impostos ou iam para a cadeia.
Os
novos impostos forçaram os comerciantes novamente a subirem os seus preços. Os
assalariados exigiram salários mais altos o que causou que muitas empresas
falissem, ou que substituíssem homens por maquinaria. Isso resultou em mais
desemprego e forçou o governo a introduzir mais esquemas de previdência e mais
seguros de desemprego.
Foram
introduzidas tarifas e outros mecanismos de proteção para resguardar algumas
indústrias, de maneira que mantivessem suas ofertas de emprego. Algumas
pessoas perguntaram-se se o propósito da produção era produzir mercadorias ou
simplesmente proporcionar empregos.
No
entanto, as coisas ficavam cada vez piores. Tentaram o controle de salário, o
controle dos preços, e toda classe de controles. O governo tentou conseguir
mais dinheiro com impostos sobre as vendas, os salários, etc. Alguém observou
que no caminho desde a colheita do trigo até a mesa nos lares, havia cerca de
50 impostos sobre o pão.
Muitos
"peritos" se apresentaram e alguns deles foram escolhidos para
governar, mas depois de cada reunião anual voltavam sem ter alcançado quase
nada, exceto pela notícia de que os impostos deviam ser
"reestruturados", mas sempre a quantidade total de impostos aumentava.
Fabian
começou a exigir seus pagamentos de juros, e uma porção cada vez maior do
dinheiro dos impostos era necessária para pagá-lo.
Então
veio a política partidária - as pessoas discutiam sobre que grupo de
governadores poderia solucionar da melhor maneira seus problemas. Discutiram
sobre as personalidades, idealismo, os slogans... Sobre tudo exceto o problema
real. Os Conselhos estavam com problemas.
Em
uma cidade os juros da dívida excederam a quantidade de impostos que foram
arrecadados em um ano. Em todo o pais os juros que não foram pagos continuaram
aumentando - juros foi cobrado sobre os juros não-pagos.
Gradualmente,
muita da riqueza real do pais foi comprada ou controlada por Fabian e seus
amigos e com isso veio um maior controle sobre as pessoas. No entanto, o
controle ainda não estava completo. Eles sabiam que a situação não estaria
segura até que cada pessoa fosse controlada.
A
maioria das pessoas que se opunha ao sistema era silenciada por pressão
financeira, ou sofria o ridículo público. Para atingir isto, Fabian e seus
amigos compraram a maioria dos jornais, televisão e estações de rádio. E
escolheram cuidadosamente as pessoas que iam operá-las. Muitas destas pessoas
tinham um desejo sincero de melhorar o mundo, mas nunca se deram conta de como
eram usadas. Suas soluções sempre
lidavam com os efeitos do problema, nunca com a causa.
Havia
vários jornais diferentes - um para a ala direita, um para a ala esquerda, um
para os trabalhadores, um para os patrões, e assim por diante. Não importava
muito em qual você acreditasse desde que você não pensasse no problema real.
O
plano de Fabian estava quase no final - o pais inteiro devia-lhe dinheiro.
Através da educação e da Mídia, ele tinha o controle da mente das pessoas.
Podiam pensar e crer apenas no que ele queria que pensassem.
Uma
vez que um homem tem muito mais dinheiro do que ele pode gastar para seus
prazeres, que desafio resta para excitá-lo?. Para aqueles que têm uma
mentalidade dominante, a resposta é o poder
- poder puro e completo
sobre outros seres humanos. Colocaram idealistas nos meios de
comunicação e no governo, mas os controladores reais que Fabian procurava eram
os que tinham mentalidade de classe dominante.
A
maioria dos ourives seguiram este caminho. Conheciam a sensação de grande
abundância mas já não os satisfazia. Precisavam de desafios e emoção e o
poder sobre as massas converteu-se em um grande jogo.
Acreditaram
que eram superiores a todos os demais. "É o nosso direito e nosso dever
governar. As massas não sabem o que é bom para elas. Precisam serem dirigidos
e organizados. Governar é o nosso direito de nascimento".
Por
todo o pais Fabian e seus amigos possuíam muitos companhias de empréstimos. Na
verdade, eram de propriedade privada e de diferentes donos. Na teoria competiam
umas com outras mas na verdade trabalhavam juntas. Despois de convencer alguns
dos governadores, instalaram uma instituição que chamaram de Reserva
Central de Dinheiro. Nem sequer usaram seu próprio dinheiro para fazer isto
-criaram crédito contra uma parte dos depósitos das pessoas.
Esta
instituição tinha a aparência de regular a fonte do dinheiro e ser uma
instituição pertencente ao governo, mas estranhamente não se permitiu a
nenhum governador ou servidor público ingressar à Junta Diretiva.
O
governo deixou de pedir emprestado diretamente de Fabian, mas começou a usar um
sistema de Bônus contra a Reserva Central de Dinheiro. A garantia oferecida era
a renda estimada dos impostos do ano seguinte. Isto ajustava-se com o plano
de Fabian -afastar as suspeitas de sua pessoa e desviar a atenção para uma
aparente instituição do governo. Por baixo do pano, ele ainda tinha o
controle.
Indiretamente,
Fabian tinha tal controle sobre o governo que este era obrigado a seguir suas
instruções. Fabian costumava gabar-se: "Deixem-me controlar o dinheiro
de uma nação e não me importo com quem faz suas leis". Não
interessava muito que partido era eleito para governar. Fabian tinha o controle
do dinheiro, o sangue vital da nação.
O
governo obtinha o dinheiro, mas o juros foram se acrescentado sempre em cada
empréstimo. Cada vez mais se gastava dinheiro em esquemas de previdência e em
seguros de desemprego, e não muito tempo depois, o governo se viu com
dificuldades até para pagar os juros, sem falar do capital.
No
entanto, havia mais pessoas que se perguntaram: "O dinheiro é um sistema
feito pelo homem. Com certeza pode-se ajustar o sistema para pô-lo a serviço
das pessoas, e não que as pessoas estejam a serviço do dinheiro". Mas
cada vez havia menos pessoas que se faziam essa pergunta e suas vozes se
perderam na louca procura do dinheiro inexistente para pagar os juros.
Os
governos mudaram, os partidos políticos mudaram, mas as políticas de base
continuavam. Sem importar que governo estava no "poder", o objetivo
final de Fabian aproximava-se mais e mais cada ano. As políticas das pessoas
não significavam nada. As pessoas pagavam com esforço os impostos, não podiam
pagar mais. Amadurecia o momento para o movimento final de Fabian.
Dez
por cento do dinheiro ainda estava sob a forma de notas e moedas. Isto tinha de
ser eliminado de tal maneira que não despertasse suspeitas. Enquanto, as
pessoas utilizassem dinheiro de contado, seriam livres de comprar e vender como
quisessem -as pessoas ainda tinham algum controle sobre suas próprias vidas.
Mas
não era sempre seguro carregar notas e moedas. Os cheques não eram aceitos
fora da comunidade local, e portanto, procurou-se um sistema mais conveniente.
Fabian tinha a resposta outra vez. Sua organização deu um pequeno cartão
plástico a cada um onde mostrava-se o nome da pessoa, a foto e um número de
identificação.
En
qualquer lugar onde esse cartão fosse apresentado, o comerciante telefonaria
para o computador central para controlar o crédito. Se tinha crédito, a pessoa
poderia comprar o que desejasse; até certa quantidade.
No
início, permitira-se que as pessoas gastassem uma quantidade pequena em
crédito, e se ele era pago dentro do mesmo mês, não incidia juro nenhum. Isto
estava bem para os assalariados, mas o quê aconteceria com os empresários?.
Eles tinham que instalar máquinas, fabricar as mercadorias, pagar os salários
etc. e vender todas suas mercadorias e logo depois pagar o crédito. Se excediam
a um mês, eram taxados em 1,5% por cada mês que a dívida era acumulada. Isto
chegava a 18% ao ano.
Os
empresários não tinham nenhuma opção aliás de acrescentar 18% sobre o
preço de venda. Mas todo esse dinheiro ou crédito adicional (18%) não tinha
sido emprestado a ninguém. Em todo o pais os empresários tinham a impossível
tarefa de pagar $118 por cada $100 que pediram emprestados -mas os $18
adicionais nunca tinham sido criados no sistema. Não existiam.
Fabian
e seus amigos elevaram ainda mais sua posição social. Eram considerados
pilares de respeitabilidade. Suas declarações em finanças e economia eram
aceitas com convicção quase religiosa.
Sob
a carga de impostos cada vez maiores, muitas pequenas empresas derrubaram-se.
Licenças especiais eram necessárias para várias operações, de maneira tal
que para as empresas restantes fosse muito difícil participar. Fabian possuía
e controlava todas as grandes companhias que tinham centenas de subsidiárias.
Estes pareciam competir entre si, no entanto Fabian controlava todas elas.
Eventualmente, todos os outros competidores foram forçados a fechar suas
portas. Os encanadores, os carpinteiros, os eletricistas e a maioria das
indústrias pequenas sofreram igual destino -foram tragados pelas companhias
gigantes de Fabian que tinham proteção do governo.
Fabian
queria que os cartões plásticos substituíssem as notas e as moedas. Seu plano
era que quando todas as notas fossem retiradas, somente os negócios que
utilizassem o sistema de cartões ligados ao computador central poderiam
funcionar.
Ele
planejou que se alguém eventualmente perdesse seu cartão, estaria
impossibilitado de comprar ou vender qualquer coisa até que se demonstrasse sua
identidade. Ele queria impor uma lei, que lhe desse um controle total -uma lei
que obrigasse a todas as pessoas a terem seu número de identificação tatuado
na mão. O número seria visível somente sob uma luz especial, ligada a um
computador. Cada um desses computadores estaria conectado ao computador central
gigante e assim Fabian poderia saber tudo sobre todos.
A
propósito, a terminologia usada no mundo financeiro para este sistema é
"Reservas bancárias" (Fractional Reserve Banking). (NdoT:
É um sistema onde os bancos privados e o banco central têm o monopólio do
poder para gerar moeda corrente. O valor total dos depósitos em um banco, e
portanto a quantia total de moeda que pode ser gerada por um banco, está
limitado por um múltiplo das suas reservas. O banco central supervisiona os
bancos privados para garantir que as reservas serão mantidas no nível
requerido ou por cima dele.
A
história que você acaba de ler, evidentemente, é ficção.
Mas,
se você achar que é preocupantemente real e quer saber quem é Fabian na vida
real, um bom começo seria um estudo das atividades dos ourives ingleses nos
séculos XVI e XVII.
Por
exemplo, o Banco da Inglaterra começou em 1694. O rei Guilherme de
Orange estava em dificuldades financeiras como resultado de uma guerra com a
França. Os ourives
"emprestaram-lhe" 1,2 milhões de libras (uma quantidade
impressionante naqueles dias) sob determinadas condições:
Os
juros seriam 8%. Lembre-se que a Carta Magna indicava que cobrar juros era crime
passível de morte. O Rei
devia conceder aos ourives uma carta para o Banco que lhes dava o direito de
emitir crédito.
Antes
disso, suas operações de emitir recibos por mais dinheiro do que tinham
depositado eram totalmente ilegais. A carta do rei tornou-as legais.
Em
1694 William Patterson obteve a carta para o Banco da Inglaterra.
©
Larry Hannigan, Australia
Citações:
Enciclopédia
Britannica, 14 ed. -
"Os
Bancos criam crédito. É um erro pensar que o crédito dos bancos é criado em
parte pelos depósitos de dinheiro dentro dos Bancos. Um empréstimo realizado
por um banco é uma adição clara à quantidade de dinheiro na
comunidade".
Lord
Acton, Lord chefe de Justiça da Inglaterra, 1875 -
"A
batalha que vem se infiltrando sob os séculos e terá de ser lutada mais cedo
ou mais tarde é as Pessoas vs. os Bancos".
Mister
Reginald McKenna, presidente do Banco de Midland em Londres -
"Estou
assustado, já que os cidadãos comuns não vão gostar de saber que os bancos
podem gerar e destruir dinheiro a vontade. E que os bancos controlam o crédito
da nação, controlam a política dos governos e têm nas suas mãos o destino
das pessoas".
Sr.
Phillip A. Benson, presidente da Associação dos Banqueiros Americanos, em 8 de
junho de 1939 -
"Não
há maneira mais direta de se obter o controle de uma nação do que através de
seu sistema de crédito (de seu dinheiro)".
Revista
do banqueiro dos EUA, de 25 de agosto de 1924 -
"O
capital deve proteger-se a si mesmo de todas as maneiras possíveis, por
combinação e legislação. As dívidas, os bônus e hipotecas devem ser
cobrados o mais rápido possível. Quando pelos processos da lei, as pessoas
perderem seus lares, elas se tornarão mais dóceis e se governará mais
facilmente sob a influência do braço forte do governo, aplicado por uma
potência monetária central sob o controle dos principais financistas.
Esta
verdade é bem conhecida entre nossos principais homens agora empenhados em
formar um império financeiro para governar o mundo.
Dividindo
os votantes através do sistema político partidário, podemos fazer com que
percam sua energia na luta por questões sem importância real.
Assim, por meio de ações discretas podemos assegurar para nós o que tem sido
tão bem planejado e executado com tanto sucesso".
Sir
Denison Miller -
durante
uma entrevista em 1921, quando lhe preguntaram se ele, através do Banco da
Commonwealth, havia financiado a Austrália durante a primeira guerra mundial
por $700 milhões, ele respondeu: "Assim foi, e eu teria podido financiar o
pais por uma quantia semelhante e permitir que a guerra continuasse"
Preguntado se essa quantidade de dinheiro estava disponível para os propósitos
produtivos nesta época de paz, ele respondeu: "Sim".
De
"Entregue O Nosso Botim" (Hand Over Our Loot), No. 2, por Len
Clampett:
"Há
quatro coisas que devem estar disponíveis para que o trabalho pago se realize:
O
trabalho a fazer.
Os
materiais para fazer o trabalho.
A
mão de obra para fazer o trabalho.
O
dinheiro para pagar o trabalho que vai ser feito.
Se
quaisquer dessas quatro coisas faltar, nenhum trabalho pago pode se realizar. É
um sistema naturalmente auto-regulador. Se há trabalho para fazer, o material
está disponível e as pessoas estão dispostas a fazê-lo, tudo o que nós
temos de fazer é criar o dinheiro. Absolutamente simples".
"Pergunte-se
por que se sucederam as depressões econômicas. A única coisa que faltava na
comunidade era o papel-moeda para comprar mercadorias e serviços. A mão de
obra está disponível. O trabalho para realizar ainda estava lá. Os materiais
não haviam desaparecido e as mercadorias estavam facilmente disponíveis nos
comércios ou podiam ser produzidas em troca de dinheiro".
Excerto
de uma carta escrita por Rothschild Brothers de Londres a uma firma de
banqueiros de Nova York em 25 de junho de 1863:
"As
poucas pessoas que podem entender o sistema (dinheiro em cheques e créditos)
vão estar tão interessados em seus benefícios ou vão ser tão dependentes
dele, que não farão a menor oposição. Por outro lado, a maioria das pessoas
mentalmente incapaz de compreender a enorme vantagem que o capital extrai do
sistema, carregará sua carga sem se queixar e talvez sem suspeitar que o
sistema é hostil (inimigo) a seus interesses".
A
seguinte citação foi reimpressa no "Idaho Leader", EUA em 26 de
agosto de 1924, e foi lida em Hansard duas vezes: na primeira, por John Evans
M.P. em 1926, e na segunda, por M.D. Cowan M.P., na sessão de 1930-1931.
En
1891 uma circular confidencial foi enviada aos banqueiros americanos e a seus
agentes, contendo as seguintes declarações:
"Autorizamos
nossos agentes de empréstimo nos estados ocidentais a emprestar nossos fundos
com garantia de propriedades imobiliárias, com vencimento em 1º de setembro de
1894, e não depois dessa data.
Em
1º de setembro de 1894, não renovaremos nossos empréstimos sob nenhuma
condição.
Em
1º de setembro vamos exigir nosso dinheiro - executaremos as hipotecas e nos
faremos credores em posse das terras.
Podemos
tomar duas terças partes das fazendas a oeste do Mississippi e milhares delas a
leste do grande Mississippi também, fixando nosso próprio preço.
Poderemos
também tomar posse de três quartos das fazendas do oeste e o dinheiro de todo
o pais.
Então
os fazendeiros vão ser arrendatários, como na Inglaterra". (N.doT.:
arrendar=alugar, os fazendeiros perdiam a posse de suas terras por meio desta
manobra, e ficavam obrigados a "alugar" terras para trabalhá-las,
pagando o aluguel correspondente aos banqueiros).
De
"Entregue O Nosso Botim", No. 2
Nos
Estados Unidos, a emissão de dinheiro é controlada pela Junta da Reserva
Federal. Este não é um departamento do governo, mas uma Junta de Banqueiros
Privados. A maioria de nós acreditaria que a reserva federal é uma
instituição federal do governo nacional... Isto não é verdade... em 1913, o
presidente Woodrow Wilson assinou o documento que criou a reserva federal, e
condenou o povo norte-americano à escravidão por dívidas até que chegue o
momento em que o povo acorde de sua letargia e derrube esta tirania
viciosa"...
"Para
entendermos como funciona a emissão do dinheiro em uma comunidade, podemos
exemplificar comparando o dinheiro em na economia com as passagens em um sistema
ferroviário. Os bilhetes são impressos por uma gráfica que é paga pelo seu
trabalho. A gráfica nunca reivindica a propriedade dos bilhetes... E não
podemos imaginar que uma companhia ferroviária se negue a garantir a viagem a
nenhum passageiro só porque não foram impressos a quantidade suficiente de
bilhetes. Com o mesmo raciocínio, um governo nunca deveria negar às pessoas o
acesso ao comércio normal, excluindo-as da economia, dizendo "que não tem
dinheiro suficiente".
Suponha
que o governo peça emprestado $10 milhões aos bancos. Aos banqueiros custa
somente algumas centenas de dólares imprimir os fundos e uns poucos mais para
fazer a contabilidade. Você acha justo que nossos cidadãos devam lutar para
conseguir cada centavo para manter seus lares e famílias juntas, enquanto os
banqueiros engordam com estes benefícios?
O
credito gerado por um Banco do Governo é melhor do que o crédito criado pelos
Bancos Privados, porque no há necessidade de recuperar o dinheiro através do
arrecadamento de impostos às pessoas e não há nenhum juro associado que
aumente os custos. As obras públicas feitas com o crédito do Banco do Governo
é o ativo que substitui o dinheiro criado quando o trabalho finaliza.
Nenhum
dos nossos problemas vai desaparecer até que nós corrijamos a criação,
distribuição e circulação do dinheiro. Uma vez que se solucione o problema
do dinheiro, todas as peças vão encaixar no seu lugar.
Cada
um de nós pode ajudar a mudar o curso desta história:
A
primeira coisa a fazer é ensinar às pessoas. MUITO POUCAS sabem disto ou
entendem esta informação ainda. Por favor, espalhe esta informação dentro e
fora da Internet.
Investigue
este tema por conta própria para aumentar a sua compreensão.
Reúna-se
com outras pessoas que queiram devolver o controle do governo às pessoas.
Lembre-se: No governo há SERVIDORES públicos! Nós não somos seus serventes.
Eles devem fazer NOSSA vontade, a vontade popular.
Sem
importar qual é seu partido político, reclame ao seu representante local para
que pesquise e corrija nosso sistema monetário (provavelmente ele precisa ser
educado neste assunto também!). Você pode fazer isto por e-mail, por carta,
por telefone ou numa conversa pessoal.
Os
parlamentares recebem apenas uma média de 100 cartas sobre cada assunto em
particular. Se você escrever a sua opinião e se conseguir outras 25 pessoas
para escrever 25 cartas, você vai enviar uma forte mensagem a seu representante
no Congresso. (Organize reuniões para escrever cartas aos parlamentares).
Tradução
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