Expedição russo-ucraniana some na Antártica após reportar 'ventos fortes'

veleiro Scorpius parou de se comunicar com base perto da Ilha Decepção.
Capitão relatou temor de atingir iceberg, diz porta-voz do projeto

Uma tripulação russo-ucraniana que começou a velejar em setembro em uma expedição histórica nos pólos sul e norte desapareceu na Antártica esta sexta-feira (6), após se deparar com fortes ventos.
Uma porta-voz da tripulação de oito pessoas a bordo do veleiro Scorpius, de 29 metros, informou que a equipe fez o último contato por rádio na segunda-feira (2) à noite, quando se preparava para uma nova etapa perigosa de sua viagem pelas Shetlands do Sul.
A última postagem do site da missão informou que o Scorpius encontrou ventos fortes a caminho da Ilha Decepção, um local conhecido entre aventureiros por seu vulcão em permanente atividade.
O barco Scorpius, em foto de arquivo (Foto: AFP/www.nizovtsev.net)O barco Scorpius, em foto de arquivo (Foto: AFP/www.nizovtsev.net)
A equipe tinha acabado de visitar a base de pesquisas Akademik Vernadsky, administrada pela Ucrânia, e viajava de volta à estação russa Bellingshausen.
"Ventos fortes soprando durante todo o dia", escreveu a tripulação no diário baseado no site.
"Tentar entrar na baía, que é pontuada por rochas submarinas e baixios com os ventos soprando desta forma, é muito perigoso", explicou a tripulação.
A porta-voz da expedição, Anna Subbotina, disse que o capitão disse a ela na segunda-feira (2), por volta das 20h de Brasília, que o Scorpius navegou cerca de 50 km em mar aberto, procedente da estação ucraniana porque havia muito gelo cobrindo o entorno da baía.
"Seria uma forma sutil de dizer que estamos muito, muito preocupados", disse Subbotina.
Ela acrescentou que o capitão tinha prometido anteriormente fazer contato a cada dois dias porque esta parte do Atlântico tinha noites particularmente escuras nesta época do ano e que a área ficou subitamente coberta de gelo.
"O capitão disse que estava particularmente temeroso de atingir um iceberg", acrescentou Subbotina.
"Eu sei que esta é uma tripulação muito forte, que se recusa a pressionar o botão SOS a menos que esteja pronta a desistir. Espero que seja por isso que não tivemos notícias deles", concluiu.
FONTE;G1

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